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PEC da Segurança é “estelionato eleitoral”, afirma Tito Barichello

PEC da Segurança é estelionato eleitoral, afirmou o deputado estadual do Paraná, Tito Barichello (União)
Em entrevista ao programa Café com a Gazeta do Povo, o deputado estadual Tito Barichello (União-PR), afirmou que a PEC da Segurança pleiteada pelo Governo Lula é "uma falcatrua eleitoral". (Foto: Valdir Amaral - MTE/PR 10222)

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No programa Café com a Gazeta do Povo desta quarta-feira (16), o deputado estadual do Paraná, Tito Barichello (União Brasil-PR), fez críticas ao modelo de segurança pública desenhado pelo Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dentro da Proposta de Emenda à Constituição que foi entregue ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados semanas atrás e chamou de "estelionato eleitoral". A PEC da Segurança Pública também nasceu com resistência de governadores que julgam a forma centralizadora do texto como prejudicial para o país.

Segundo Barichello, o derretimento da aprovação do atual governo petista fez com que tanto o presidente Lula quanto alguns de seus ministros mirassem seus olhares para o que mais aflige a população: a segurança pública. Ele ressalta, entretanto, que a maneira como tem sido conduzida e os personagens escolhidos para essa montagem demonstram que o Executivo não entende do tema e de seus problemas.

"Através do ministro Ricardo Lewandowski criou-se uma falcatrua eleitoral, um verdadeiro estelionato eleitoral. Está se buscando através de uma PEC algo que não precisa ser modificado. O tal Sistema Único de Segurança Pública, o SUSP, já tem uma lei de 2018 sobre a interrelação entre União, Estados e Municípios. Então, por qual motivo trazer isso em forma de PEC? É como fazer uma roupagem de PEC algo que já é tratada em Lei Ordinária. É uma forma de enganar a sociedade", explicou.

O parlamentar esclarece que a ideia de federalizar a segurança pública é levar o que é mal feito pelo Governo Federal para o resto do país. De acordo com o deputado, a ideia é deveria ser a de repassar competências para os Estados e Municípios e não para a União.

"A União não consegue administrar e é natural que não consiga. A realidade do Paraná ou de Santa Catarina não é a mesma do Acre. Somos um país de 211 milhões de habitantes e é normal que seja assim. Levar o poder para a União é piorar ainda mais a segurança pública", disse.

"O ministro Lewandowski é mentiroso e enganador"

O deputado paranaense enfatizou, também, que a ideia do Governo Federal de federalizar a segurança pública passa por medidas de cunho político-ideológico para enganar a população. Para ele, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, é um "enganador".

"Desculpe a sinceridade, mas ele é um mentiroso, um engodo, um enganador. Se ele quisesse resolver a questão da segurança pública no país ele colocava a Guarda Municipal no artigo 144 da Constituição Federal. A Guarda como polícia Municipal e auxiliando as outras polícias seria excepcional. Aí sim, a roupagem da PEC seria bem vinda. Agora, do jeito que está, fica tudo por conta do Governo Federal e isso é inadmissível", concluiu.

O Café com a Gazeta do Povo vai ao ar das 07h às 09h30, de segunda a sexta-feira, no canal da Gazeta do Povo no YouTube.

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