Com investimento de R$ 40 milhões já garantido, parte investimento próprio e parte proveniente de recursos estaduais, Pinhais colocou em andamento um projeto antigo: construir um hospital com estrutura para atendimentos de alta complexidade. A obra, que deve começar a virar realidade em junho de 2022, está atualmente na fase de estudos técnicos. A cidade conta hoje com o Hospital Municipal Nossa Senhora Da Luz Dos Pinhais, com estrutura de média complexidade.
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A proposta inicial é de que o novo espaço comporte 140 leitos, sendo 120 enfermarias, 10 UTIs neonatal e 10 leitos de UTI geral. O foco principal seria para atendimento a gestantes com gravidez de médio e alto risco - que hoje costumam ser encaminhadas para o Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. “Nossa maior necessidade no momento são leitos de UTI neonatal e para as mães”, confirma a secretária de saúde de Pinhais, Adriane Carvalho.
Esse cenário, porém, ainda pode sofrer alterações, em virtude dos estudos técnicos, cujo prazo final é 31 de dezembro. É a partir desse documento que será definido, por exemplo, se há viabilidade para ampliar o leque de atendimento, como traumas e doenças da terceira idade. “Também precisamos de uma retaguarda para atendimento clínico e pediátrico”, acrescenta a secretária. A ampliação do foco do hospital acarretaria na abertura de mais leitos.
O que já está definido é que o município vai continuar sem abraçar especialidades mais específicas como oncologia, cirurgias cardíacas e neurológicas, por exemplo. “Já existem hospitais de grande referência [na Grande Curitiba], não vamos trazer esse público para o nosso”, ressalta Adriane Carvalho.
Com os estudos técnicos em mãos, está programada para fevereiro uma audiência pública. O edital para construção do "novo hospital de Pinhais", seria, assim, aberto em março. A expectativa é de que o começo da obra seja em junho de 2022 e que ela seja finalizada em dois anos.
A unidade será construída em um terreno de dez mil m², próximo ao Fórum Cível de Pinhais, na região central da cidade. A intenção da prefeitura é que, além dos recursos para bancar a obra, o governo do Paraná também faça repasses mensais para custear o serviço.
Embora seja um avanço comemorado pela estrutura e pela ampliação de oferta aos moradores da cidade, o hospital não tem condições de resolver completamente o problema do município, que vai continuar a encaminhar pacientes para a capital. “Em momento nenhum será para atender a demanda de todo o município. Mas a partir do momento em que tem mais oferta na rede, a tendência é dividir”, finaliza a secretária.
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