Curitiba, cidade pioneira em inovações no transporte coletivo urbano, deve realizar em 2023 novos testes com ônibus elétricos. A busca por novidades tecnológicas em um sistema de transporte de passageiros baseado em uma matriz de energia limpa se explica: a capital paranaense quer chegar ao ano de 2030 com um terço da frota do transporte coletivo totalmente eletrificada. Para 2050, a meta é alcançar 100% do sistema baseado em ônibus movidos a eletricidade.
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Os primeiros testes foram realizados em cinco linhas da capital, nos últimos meses. Cerca de 4 mil passageiros foram transportados pelos veículos da fabricante chinesa Higer. Na avaliação da Urbs, empresa que administra o sistema de transporte coletivo de Curitiba, os primeiros resultados foram satisfatórios.
“Demos um passo importante dentro da meta de adoção de uma matriz energética limpa nos próximos anos. A demonstração é importante para que possamos testar o modelo no transporte coletivo e a população possa ter os primeiros contatos com a nova tecnologia”, disse Ogeny Pedro Maia Neto.
Primeiras linhas regulares de ônibus elétricos previstas para 2024
A previsão da Urbs é que as primeiras linhas regulares recebam os veículos elétricos só em 2024. Uma das linhas que contará com novos ônibus sem emissão de poluentes é a do Inter 2, que também terá, entre outras inovações, estações com wi-fi e ar-condicionado, além da possibilidade de recarga de outros veículos elétricos. De acordo com o projeto, as estações contarão com painéis solares ligados em rede com a Copel. Desta forma, será possível alimentar com energia elétrica não só o ponto de parada, como todo o entorno das edificações.
Outra novidade implantada no sistema de transporte coletivo da capital do Paraná foi o pagamento das passagens por meio de cartões de débito e crédito e também com dispositivos por aproximação, como smartwatches (os relógios inteligentes) e celulares. A funcionalidade foi adotada em março e, segundo a prefeitura, se tornou o meio de pagamento preferido de um a cada cinco passageiros do sistema.
Criado em Curitiba, sistema de ônibus biarticulados foi exportado para o mundo
A busca por inovações no sistema de transporte coletivo de Curitiba não é algo recente. Há 30 anos, a cidade foi a primeira do Brasil a colocar em circulação ônibus biarticulados. O veículo, resultado de uma parceria entre a prefeitura de Curitiba e a montadora Volvo, foi criado em 1980, mas só chegou às ruas 12 anos depois.
Em 1992 eram 30 os ônibus biarticulados em circulação em Curitiba. Três décadas depois, a frota desses veículos passa dos 130, circulando em 10 linhas da capital paranaense. O modelo de transporte em canaletas exclusivas, que alia grande capacidade de passageiros a um menor custo operacional do que o metrô, foi chamado de Bus Rapid Transport (BRT) e exportado para o mundo.
De acordo com o site BRTData, que reúne informações globais do modelo de transporte criado em Curitiba, o BRT está presente em 186 cidades do mundo. A rede de canaletas exclusivas ultrapassa os 5,6 mil quilômetros de extensão, por onde circulam diariamente 31,6 milhões de passageiros todos os dias.
“O biarticulado é uma inovação que faz parte da história da nossa cidade, que sempre foi referência em transporte coletivo de qualidade e cujo sistema, de canaletas exclusivas, já foi replicado em centenas de cidades no Brasil e no mundo”, disse o prefeito Rafael Greca.
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