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O deputado federal Ricardo Barros confirmou nesta segunda-feira (8) que o Progressistas (PP) não vai endossar a candidatura do senador Sergio Moro (União Brasil) ao governo do Paraná nas eleições de 2026. A decisão foi tomada pelo diretório estadual de forma unânime e comunicada ao presidente nacional do partido, o senador Ciro Nogueira, que esteve presente na deliberação em Curitiba.
“Penso que o senador Sergio Moro será candidato de qualquer forma. Ele está no meio do mandato. Vai concorrer de qualquer maneira e vai procurar um partido que lhe garanta a legenda. Aqui na federação ele não terá condições de registrar sua candidatura”, falou Barros.
O Progressistas protocolou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) junto com o União Brasil — partido de Moro — um pedido para a formação de uma federação, a União Progressistas. A formalização da federação, entretanto, ainda precisa ser homologada pela Justiça Eleitoral.
“Ele [Sergio Moro] teve oportunidade de conversar com todos e não conseguiu adesão aqui nas fileiras do Progressistas”, prosseguiu. “A presidente [estadual do PP] Maria Victoria pediu a todos que o recebessem e todos os receberam, mas infelizmente o diálogo não prosperou”, completou.
Com isso, o PP no Paraná indica que deve seguir junto com o governador Ratinho Junior (PSD) na escolha de seu sucessor ao Palácio Iguaçu — sede do governo estadual — no ano que vem. O secretário estadual das Cidades, Guto Silva (PSD), é o favorito a encabeçar a chapa, mas outros nomes do PSD estão na disputa: Alexandre Curi e Rafael Greca.
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Ciro Nogueira garantiu que vai respeitar a decisão do diretório estadual de não homologar a candidatura de Sergio Moro, mesmo que isso sacrifique a federação. “O senador [Sergio Moro] é um grande nome, é uma pessoa que está liderando as pesquisas aqui no Paraná. Ainda temos tempo para essas discussões, mas com certeza eu jamais ficarei contra a decisão do diretório do Paraná”, declarou.
O presidente do PP deve se encontrar ainda nesta segunda-feira com o presidente do União Brasil, Antônio Rueda. O assunto principal é a costura de uma candidatura de centro-direita após Flávio Bolsonaro (PL) se lançar candidato a presidente a pedido de Jair Bolsonaro (PL), mas o tema Moro deve ser levantado entre eles.
“Se estivesse no lugar do União Brasil, com um candidato à frente das pesquisas, eu teria a mesma atitude de contestar”, disse, na esperança de que não haja ruptura da federação. “Eu espero que não. Minha relação com o presidente Rueda é a melhor possível”, ponderou.
Em nota, Rueda afirmou que "irá insistir na homologação da candidatura" de Moro e que "a imposição de vetos arbitrários é inaceitável e não contribui para o diálogo nem para o futuro do estado". Apesar disso, falou que vai dialogar com o Progressistas para buscar a "melhor solução" para o Paraná.
Conteúdo atualizado com o posicionamento do União Brasil.
Atualizado em 08/12/2025 às 18:52





