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A fabricação de máquinas e equipamentos puxou o índice para cima, com um crescimento de 73,1% nos nove primeiros meses de 2021.
A fabricação de máquinas e equipamentos puxou o índice para cima, com um crescimento de 73,1% nos nove primeiros meses de 2021.| Foto: Rodrigo Felix Leal / Divulgação AEN

O Paraná foi o terceiro estado brasileiro com o maior crescimento na produção industrial entre janeiro e setembro de 2021. Os dados, divulgados pelo IBGE, mostram que a indústria paranaense, com avanço de 13,3%, ficou atrás apenas dos índices registrados nos estados de Santa Catarina (18,1%) e Minas Gerais (14%). A indústria nacional, de acordo com o IBGE, cresceu 7,5% no mesmo período.

O levantamento mostrou também que o Paraná é um dos quatro estados que mostrou recuperação na produção industrial em setembro de 2021 em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Além do Paraná (0,9%), este avanço na indústria também se verificou em Santa Catarina (1,5%), Minas Gerais (5%) e Rio de Janeiro (5,3%).

“Importante lembrar que a partir de setembro do ano passado, o setor iniciou uma trajetória de recuperação robusta, após o baque inicial da pandemia. Na avaliação com o mesmo mês do ano anterior é possível comparar os resultados estatísticos mais reais do que vinha acontecendo nos meses anteriores, quando as bases comparativas ainda eram muito baixas”, avaliou o economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Evânio Felippe.

A fabricação de máquinas e equipamentos puxou o índice para cima, com um crescimento de 73,1% nos nove primeiros meses de 2021 contra o mesmo período do ano passado. Em seguida, também com tendência de alta, vêm os setores de produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (44,3%) e produtos de madeira (33,8%).

Thiago Quadros, economista da Fiep, lembrou que em setembro de 2020 foi registrado o fim da primeira onda da pandemia de Covid-19 no Brasil. Naquela época, diversas medidas restritivas foram flexibilizadas. “Isso também explica uma base de comparação maior agora. Com a retomada das atividades, o desempenho de alguns segmentos melhorou. Vale destacar que nesta fase a indústria já havia sido considerada essencial e, portanto, não sofreu interrupções como o setor de serviços e comércio, que foram mais prejudicados”, comentou.

Setores em queda têm ligação com o desemprego

O IBGE analisa 13 atividades industriais em seu levantamento. Destas, duas tiveram queda nos índices nos nove primeiros meses de 2021 em comparação com o mesmo período do ano passado. A produção de alimentos caiu 6,3% e a fabricação de papel foi 1,7% menor.

Para Felippe, uma das explicações para estas quedas pode ser a alta taxa de desemprego no país e a queda na renda média do brasileiro. “Isso afeta diretamente o poder de compra da população, gerando diminuição no consumo das famílias. O setor de carnes, por exemplo, que representa quase 10% do PIB industrial do Paraná, tem registrado retração por conta do aumento nos preços e dificuldades na exportação do produto. E isso impacta no desempenho da atividade como um todo no estado. A indústria quer produzir, mas quando o consumo é insuficiente, influencia toda a atividade produtiva”, avaliou o economista.

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