Uma quadrilha que distribuía álcool em gel falsificado para o governo do Paraná foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Paraná, na manhã desta quarta-feira (19), em sete bairros de Curitiba. Foram 52 mandados judiciais para prender integrantes da quadrilha que fornecia o produto – essencial para o combate ao coronavírus – em gel 15%, mas com rótulo de 70%. Além disto, faziam negociações entre o próprio grupo usando nomes de laranjas para que o dinheiro circulasse entre eles sem possibilidade de ocorrer qualquer tipo de denúncia devido à ineficácia dos produtos.
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Das 52 ordens judiciais na operação, 14 eram mandados de prisão temporária - 13 pessoas foram efetivamente presas -, 25 de busca e apreensão e 13 de sequestro de veículos. Os endereços relacionados aos alvos ficam nos bairros Hauer, Xaxim, Centro, Bacacheri, Alto da XV, Guaraituba e Campo de Santana, e bairro Alphaville, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. A Polícia Federal chegou, em abril, a passar pelo mesmo problema: o órgão comprou álcool gel, desconfiou da qualidade e descobriu os falsificadores.
Durante a investigação, a Polícia Civil descobriu que os criminosos utilizavam empresas clandestinas para produzir saneantes (álcool em gel, água sanitária e desinfetantes) e assim realizar fraudes fiscais. Na prática, simulavam a venda dos produtos para empresas distribuidoras, mas pertencentes ao grupo, registradas em nome de laranjas. Com as distribuidoras, os produtos eram comercializados para todo o estado. A empresa que fornecia os produtos participa de processos licitatórios, inclusive venceu um pregão eletrônico em 2018.
Como descobrir produto falsificado
Muitas das vezes, o consumidor não presta muita atenção ao comprar um produto na prateleira. No caso do álcool em gel, muito utilizado na pandemia para evitar a contaminação por coronavírus, a compra errada pode ser bem prejudicial. A dica é comprar em um lugar de confiança.
Para o farmacêutico e bioquímico Júlio Cezar Merlin, que é coordenador do curso de Farmácia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), a compra deve ser realizada em farmácias, supermercados, ou farmácias de manipulação. “Se é um produto industrializado, ele sofre fiscalização da Vigilância Sanitária e outros órgãos. É uma garantia maior de que o produto traz efetivamente o que está escrito na embalagem”, explica o farmacêutico.
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