Implicado no âmbito da Operação Quadro Negro, Pablo Augusto Granemann foi exonerado nesta quarta-feira (3) do cargo comissionado que ocupava no Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TC-PR) desde junho de 2018. A Gazeta do Povo não conseguiu contato com a defesa dele.
A demissão ocorre na esteira de sua prisão temporária (5 dias), na última sexta-feira (29), a pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR).
Pablo já foi autorizado a colocar tornozeleira eletrônica e deixar a prisão. Na terça-feira (3), ele se tornou réu pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa.
No TC, ele estava lotado no gabinete do conselheiro Fernando Guimarães, com um cargo de “assessor de conselheiro I” (DAS-3), e um salário bruto superior a R$ 16 mil. A Gazeta do Povo também não conseguiu falar com o conselheiro sobre o assunto. Na sexta-feira (29), data da prisão, a direção do órgão divulgou uma nota enfatizando que os fatos tratados na Operação Quadro Negro são anteriores à nomeação.
A portaria 555/2019, na qual consta e exoneração de Pablo, é assinada pelo presidente do TC, conselheiro Nestor Baptista.
O caso
O MP aponta que, na época dos fatos, entre 2011 e 2014, Granemann trabalhava como motorista de Luiz Abi Antoun, ajudando no recolhimento de propina. Abi é primo de Beto Richa e também réu no processo. Outro réu na mesma ação penal é o próprio ex-governador do Paraná, preso há mais de duas semanas. O tucano vem negando as acusações.
A Operação Quadro Negro trata de desvio de dinheiro a partir de contratos firmados pelo governo do Paraná para construção e reforma de escolas, durante o primeiro mandato de Beto Richa (PSDB), entre 2011 e 2014.
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