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Secretário da Fazenda presta contas na Assembleia Legislativa
Secretário da Fazenda presta contas na Assembleia Legislativa| Foto: Geraldo Bubniak/AEN

O governo do Paraná investiu menos em 2019, na comparação com o ano anterior. Enquanto 2018 se registrou um valor de R$ 3,28 bilhões em investimento, o primeiro ano da gestão de Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) injetou R$ 2,54 bilhões. A queda de 22% irritou a oposição na Assembleia Legislativa, que nesta terça-feira (18) recebeu o secretário da Fazenda, Renê de Oliveira Garcia Junior. Ele foi mostrar aos parlamentares as contas do terceiro e último quadrimestre do ano passado. A apresentação de Garcia Junior ocorreu durante uma sessão esvaziada – 35 dos 54 deputados estaduais chegaram a registrar presença no painel eletrônico, mas a participação do secretário na Casa foi encerrada ao final da tarde com a presença de apenas seis políticos no plenário.

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Para o líder da bancada de oposição, deputado estadual Professor Lemos (PT), “faltou planejamento”. “O governo do Paraná deixou de fazer investimento e não foi por falta de dinheiro. Sobrou dinheiro em caixa e não investiu”, criticou ele. Já Garcia Junior respondeu aos parlamentares que algumas receitas acabaram frustradas – o Executivo contava com valores que a União deixou de repassar a determinados programas estaduais e dinheiro das vendas de imóveis não concluídas por problemas em averbações, por exemplo. Ou seja, segundo ele, o dinheiro esperado para investimento não apareceu na quantia prevista – “tínhamos rubricas fakes”, justificou ele, em relação à peça orçamentária vigente em 2019, elaborada ainda pela gestão anterior.

“As fontes que estavam financiando os investimentos foram frustradas. Também diminuiu a quantidade de repasses da União para alguns programas do Estado, por conta de readequação do orçamento federal. E houve aumento de gasto com inativos e despesa com pagamento de precatório. Faltou dotação orçamentária e financeira para investimento”, resumiu ele.

Ao final da sessão com os parlamentares, Garcia Junior reconheceu durante entrevista à imprensa que o Executivo também precisou “readequar” projetos. “O investimento tem que entrar dentro do campo de projetos factíveis. Há uma carência de projetos factíveis, que estão sendo refeitos. Há também uma necessidade de readequar a uma realidade hoje, porque os projetos estavam superdimensionados. Isso foi feito ao longo de 2019. Agora podemos voltar ao mercado de captação de recursos, para fazer investimentos, na área de infraestrutura, meio ambiente, agricultura e segurança pública”, explicou ele.

“PIB microscópico”, critica a oposição

A oposição também aproveitou a ida do secretário da Fazenda ao Legislativo para questioná-lo sobre os números do PIB levantados pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social). O PIB do Paraná em 2019, indicou o Ipardes, deve fechar em 0,7%, abaixo do que o Banco Central apontou para o Brasil. “O governo estadual não contribuiu com nada. E ele não pode jogar sempre na retranca. O Estado tem que ser o indutor. O PIB do Paraná não é nem pibinho, é microscópico”, reclamou Professor Lemos (PT).

Em entrevista à imprensa, o secretário da Fazenda reagiu com ironia à fala da oposição – “ninguém controla a realidade econômica”. “Não dá para um governo estadual criar grandes incrementos no PIB. No ano passado, houve uma frustração da safra de soja e trigo e o agronegócio tem uma participação importante no PIB. Mas tudo indica que a safra agrícola deste ano será recorde. Indústria se recuperando”, ponderou ele.

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