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Eleições 2026

Ratinho Junior critica polarização e tensão institucional no país

Ratinho Junior fala sobre posição política no programa Inteligência Ltda.
Em entrevista, Ratinho Junior afirmou que seria "audácia" lançar nome a presidente sem construção partidária. (Foto: Reprodução/Youtube Inteligência Ltda)

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O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), criticou a acentuada polarização política do país e as tensões elevadas entre os Poderes durante a entrevista ao programa Inteligência Ltda, transmitido pelo Youtube na tarde desta terça-feira (12). Questionado pelo apresentador Rogério Vilela sobre a “lacuna” na eleição presidencial de 2026 e se ele se considera um político moderado para ocupar a posição, Ratinho Junior disse que se considera “normal” e respondeu que a população está cansada da guerra política. 

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“Eu me considero normal porque ninguém aguenta mais essa briga. Hoje, 70% da população não aguenta mais a polarização. O Brasil precisa de paz institucional, todo mundo precisa calçar as sandálias da humildade, fazer um planejamento de médio e longo prazo — coisa que hoje não temos”, afirmou. 

Cotado como um dos governadores presidenciáveis que podem disputar as eleições contra a reeleição de Lula no ano que vem, Ratinho Junior disse que a construção de uma candidatura deve ser decidida pelo partido ou grupo político e classifica como “audácia” colocar o nome sem articulações consistentes e planejamento para representar uma nova geração de líderes políticos.

“Estou no meu segundo mandato, que termina no ano que vem. Posso ir para uma candidatura à Presidência ou talvez ao Senado. Mas essa decisão é de grupo, não é só dizer 'sou candidato'. Tem que ver se existe espaço para apresentar uma proposta moderna para o Brasil e representar uma geração”, declarou.

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Ratinho Junior afirma que tem posição política de centro-direita

Questionado sobre o posicionamento político pelo apresentador no Youtube, o governador paranaense respondeu que não gosta de “tipologias”, mas que está no campo da centro-direita. “Mais do que ideologia, eu me preocupo com metodologia. Defendo a liberdade econômica, a liberdade de expressão e a defesa da vida. Então, geralmente estou nesse campo da centro-direita.”

Ratinho Junior ressaltou a importância das políticas sociais, pauta que, na opinião dele, foi “roubada” pela esquerda. “A justiça social tem que estar em qualquer campo. É uma obrigação do poder público estender a mão para quem é mais humilde, o mais fraco, que não teve as mesmas oportunidades na vida. Tem que criar um ambiente onde possa prosperar. Defendo um estado menor, não vou dizer estado mínimo, mas um estado que seja menos pesado para o trabalhador, com menos imposto”, acrescentou.

O governador paranaense afirmou que é “totalmente contra qualquer tipo de cerceamento da liberdade de expressão” e defendeu que a opinião faz parte da democracia. “Acho que, em um país democrático, [a liberdade de expressão] tem que ser total. Se o cara falar alguma coisa e a outra pessoa se sentir ofendida, tem que procurar a Justiça e processar. Aí discute se houve ou não ofensa”, comentou Ratinho Junior, que classificou a derrubada de perfis de redes sociais como “horror” e “censura prévia”.

Sobre o tarifaço de 50% das exportações brasileiras aos Estados Unidos, ele disse que a medida é uma “sacanagem” do presidente Donald Trump e saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), antigo aliado do governador paranaense. “Muita gente fala da relação do Bolsonaro com o Trump, que há um carinho do Trump pelo Bolsonaro, mas não foi isso que levou os EUA a brigar com o Brasil em uma relação de 200 anos. Foi essa sequência de erros diplomáticos [...] Ficou no videozinho de internet, levando na brincadeira, agora é hora de tirar a política dessa disputa e deixar o Itamaraty, que entende de negociação comercial, tentar amenizar o problema”, disse Ratinho Junior sobre o governo Lula.

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