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Pré-candidato ao governo do Paraná, o deputado estadual Requião Filho, filho do ex-governador e ex-senador Roberto Requião, recebeu autorização do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) para se desfiliar do Partido dos Trabalhadores (PT). A decisão unânime foi concedida no início da última semana e permite que o parlamentar deixe a legenda sem perder o mandato.
A liberação judicial foi fundamentada em uma carta de anuência assinada pelas direções municipal, estadual e nacional do partido, o que configurou "justa causa" para a saída. Requião Filho avalia agora um convite do presidente do PDT, Carlos Lupi, para integrar o partido no Paraná.
Requião Filho e o pai, o ex-governador Roberto Requião, se filiaram ao PT há cerca de três anos, após deixarem o MDB. No entanto, a relação com o governo Lula vinha se desgastando ao longo do tempo. Desde 2023, Requião pai e Requião Filho vêm expressando críticas à atual gestão federal, da qual foram apoiadores na eleição presidencial.
Pai de Requião Filho, Roberto Requião deixou o PT após insatisfações com o governo Lula
Roberto Requião, que tentou retornar ao cargo de governador, também enfrentou frustrações ao esperar alguma posição de destaque na administração federal. Seu nome foi ventilado para a direção da usina de Itaipu, mas lhe foi oferecido apenas um assento no conselho da empresa, o que gerou insatisfação pública.
Outro fator que contribuiu para o distanciamento da família Requião do PT foi a decisão do partido de apoiar o deputado federal Luciano Ducci (PSB), oponente político do ex-governador, na disputa pela prefeitura de Curitiba em 2024. Após o episódio, Requião pai deixou a sigla, filiou-se ao Mobiliza e concorreu à prefeitura, sem sucesso. A desfiliação de Requião Filho ocorreu em ritmo mais lento, devido ao seu mandato atual na Assembleia legislativa (Alep) e às movimentações para as eleições de 2026.
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