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Leilão do lote 2 do novo pedágio do Paraná, realizado na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) aconteceu no início da tarde desta sexta-feira (29)
Leilão do lote 2 do novo pedágio do Paraná, realizado na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) aconteceu no início da tarde desta sexta-feira (29)| Foto: Lucas Saba/Gazeta do Povo

A proposta única apresentada pelo grupo EPR, união das empresas Equipav e Perfin, arrematou o leilão do lote 2 do novo pedágio do Paraná, realizado na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), no início da tarde desta sexta-feira (29). O desconto oferecido foi de 0,08%. Nenhuma outra empresa participou do certame. Com o resultado, a EPR será a responsável pela administração de 604 quilômetros de rodovias que cortam o Paraná, da capital ao litoral e entre a região dos Campos Gerais e o Norte Pioneiro do estado, pelo período de 30 anos.

Confira a cobertura completa sobre o pedágio do Paraná na Gazeta do Povo

Este que é o segundo lote - de um total de seis - que integra o novo pedágio paranaense e é considerado como o mais estratégico. O diretor-presidente da Infra S.A., Jorge Bastos, justificou que o projeto foi "bem realizado" e amenizou o desconto pequeno oferecido pelo grupo. "Esse leilão em que o desconto é pequeno, para mim, é muito gratificante, porque o projeto foi bem realizado. Quando o projeto tem descontos muitos grandes, você fica na dúvida se o projeto foi bem feito ou não", afirmou.

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No discurso logo após a batida de martelo, o governador Ratinho Junior (PSD) evidenciou a redução no preço do pedágio, em comparação com o modelo que esteve ativo no Paraná até 2021. "Tínhamos a praça de pedágio mais cara do Brasil, em Jacarezinho, que agora terá redução de 68% no preço. Aqui entregamos o compromisso que assumimos quatro anos atrás: preço justo e com muita obra".

O governo paranaense divulgou que a tarifa por quilômetro rodado será 56% menor do que o valor que seria cobrado caso o modelo do antigo Anel de Integração ainda estivesse em vigor. Em Jacarezinho, a tarifa que seria, pelo modelo anterior, de R$ 32,30 começará ao valor-base R$ 10,39 para a cobrança.

Para o ministro dos Transportes, Renan Filho, esse ciclo de leilões de concessões rodoviárias vai aproximar Paraná do estado de São Paulo na atração de negócios no país. “Estou muito feliz com esse ciclo dos dois leilões que fizemos. Já trouxemos R$ 18 bilhões para investimento no Paraná, só investimento em infraestrutura, fora a própria operação. Isso vai modernizar muito a infraestrutura do estado que já é um dos que mais crescem no Brasil. Vai, após esse ciclo de investimento, se notabilizar como um dos estados mais preparados para receber investimento no país e vai aproximar o Paraná do estado de São Paulo”.

"Talvez o Paraná seja, em termo de atração de investimento, a partir desse projeto, o segundo estado em atração de negócios do Brasil", complementou.

O primeiro lote de rodovias do novo pedágio paranaense foi arrematado pelo Grupo Pátria. Neste segundo, pelo grupo EPR. Para o ministro, empresas distintas reduzem o risco e "concentração de mercados".

Cobrança da tarifa de pedágio no lote 2 fica para 2024

A assinatura do contrato com a vencedora do lote 2 do pedágio deve ocorrer em janeiro de 2024. Só depois disso a empresa começa a organizar o início da operação. Ainda não há data para o início da cobrança da tarifa nas sete praças de pedágio que compõem o lote 2.

Os motoristas que utilizam frequentemente as estradas do Paraná terão descontos progressivos. De acordo com os contratos de concessão, os descontos serão aplicados aos veículos leves que utilizarem tags eletrônicas para o pagamento automático das tarifas. De acordo com o edital, todos os usuários que escolherem pagar as tarifas de maneira automática terão um desconto inicial de 5% em qualquer praça de pedágio do Paraná.

Os contratos preveem redução progressiva nas tarifas de acordo com o número de vezes que o usuário trafegar em um mesmo sentido em trecho de rodovia com pedágio. O desconto será aplicado progressivamente da 1ª até a 30ª passagem do veículo pela praça dentro de um mesmo mês, e após isso a menor tarifa possível se repetirá até o fim do mês, dependendo do fluxo do motorista.

Os investimentos em obras do lote 2 do pedágio são estimados em R$ 10,8 bilhões, além de R$ 6,5 bilhões para conservação e serviço ao usuário.

A entrega das obras de duplicações está prevista para ocorrer entre o terceiro e o sétimo ano da concessão:

O edital também pontua a necessidade de instalação, pelo consórcio vencedor da licitação, de câmeras com tecnologia OCR, que permitem reconhecimento de placas de veículos, em pontos estratégicos; além de iluminação em LED em trechos urbanos, viadutos e entroncamentos; sistema de pesagem automático em movimento (WIM) de caminhões; e sistema de monitoramento meteorológico próprio.

Pontos de atendimento ao usuário e áreas de descanso para caminhoneiros deverão ter acesso à internet, com sistema de comunicação wi-fi em 100% da rodovia, para acesso ao canal de atendimento ao usuário; e previsão para implantação gradativa do sistema free flow, o que permitirá que em alguns anos o valor a ser pago por quem trafega pelas rodovias seja proporcional ao trecho percorrido.

Primeiro lote de rodovias do novo pedágio paranaense foi arrematado pelo Grupo Pátria

A EPR participou da disputa pelo primeiro lote de rodovias que cortam o Paraná e que foi a leilão no mês passado. Com a oferta de 8,3% de desconto sobre as tarifas, perdeu aquela concorrência para o Grupo Pátria, que ofereceu 18,25% de desconto. O lote 1 do novo pedágio paranaense foi a primeira concessão rodoviária do governo Lula 3. A homologação do resultado acontecerá no dia 10 de novembro, com assinatura do contrato com o vencedor devendo ocorrer até o dia 26 de janeiro de 2024.

O novo pedágio do Paraná foi dividido em seis lotes. Os outros quatro ficarão, no mínimo, para 2024, pois a avaliação é que leilões muito próximos afugentam possíveis consórcios e empresas interessadas, pela grande concentração inicial de aporte de recursos.

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