A Justiça Eleitoral no Paraná adiou os depoimentos das testemunhas na ação que pede a cassação do mandato e a inelegibilidade do senador Sergio Moro (União Brasil - PR), por suposto abuso de poder econômico durante a campanha eleitoral do pleito de 2022. A princípio, as testemunhas começariam a ser ouvidas nesta quarta-feira (25), mas um despacho emitido no início da noite desta terça-feira (24) adiou as oitivas para o fim do mês de novembro.
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De acordo com o relator da ação no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), desembargador Dartagnan Serpa Sá, o adiamento foi necessário após ter ocorrido a juntada de mais de mil novas páginas ao processo. São documentos, contratos, notas fiscais, comprovantes de transações bancárias e relatórios que, segundo o desembargador, foram entregues de forma extemporânea – fora do prazo.
“Ainda que o prazo concedido não tenha sido observado pelos oficiados em questão e que a juntada extemporânea efetivamente tenha o condão de tumultuar o andamento processual, ainda que de forma genérica, numa primeira oportunidade, justificou-se a ocorrência de ‘falha técnica’. Por outro lado, conforme destacam os investigados, a juntada ocorrida posteriormente à designação das audiências pode vir a causar prejuízo ao exercício da ampla defesa pelas partes. Nesse modo, a fim de que todas as partes possam analisar a documentação em tempo hábil à oitiva das testemunhas, convém redesignar as audiências”, concluiu o desembargador.
Dallagnol será ouvido como testemunha de defesa de Moro
As testemunhas serão agora ouvidas nos dias 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro, na Sala de Sessões do TRE-PR. Nos dois primeiros dias, serão ouvidas as testemunhas arroladas pelos partidos políticos. Já no terceiro dia são esperados os depoimentos das testemunhas da defesa de Moro e dos suplentes, entre eles, o ex-coordenador da Operação Lava Jato e ex-deputado federal, Deltan Dallagnol (Novo-PR).
Ele é um dos três nomes chamados para testemunhar a favor do senador paranaense. A reportagem apurou que Dallagnol deve responder sobre os fatos que tem conhecimento, não necessariamente contra ou a favor. Em 2022, ele foi eleito deputado federal pelo Podemos, antiga sigla de Moro, mas teve o registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Moro e os suplentes investigados serão ouvidos pela Justiça Eleitoral no dia 16 de novembro.
Procurada pela Gazeta do Povo, a assessoria do senador Sergio Moro respondeu que "o parlamentar não irá comentar o caso".
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