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Em Bloqueio na BR-277, policial rodivário federal orienta trânsito
Mudança no trecho parcialmente interditado trouxe mais fluidez no trânsito.| Foto: Divulgação / PRF

O trecho da rodovia BR-277 na descida da Serra do Mar próximo a Morretes, interditado parcialmente há três semanas, só deve ser liberado totalmente para o trânsito na primeira quinzena de dezembro. A previsão foi feita pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que confirmou em nota enviada à Gazeta do Povo a necessidade de obras de contenção para que as pistas sejam liberadas.

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O trânsito no local foi afetado desde que uma rocha deslizou da encosta no último dia 14 de outubro. Equipes da Polícia Rodoviária Federal (RPF), do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER-PR) e da Defesa Civil estiveram no local para a remoção dos detritos e limpeza da pista. Um desvio foi aberto para que o trânsito em sentido a Paranaguá fosse desviado para a faixa de subida da serra.

Encosta apresenta fragilidade nas rochas

Mesmo depois de toda a limpeza e remoção dos detritos, o trânsito no local ainda não foi totalmente liberado. Análises foram feitas na encosta e foi identificado o risco de novos deslizamentos. Em entrevista à RPC, o professor Renato Eugênio de Lima, diretor Centro de Apoio Científico em Desastres (Cenacid) da Universidade Federal do Paraná, explicou que há alguns fatores geológicos que contribuíram para a fragilidade do solo naquele local.

De acordo com o professor, a encosta apresenta em seu subsolo blocos que se movimentaram uns sob os outros há milhões de anos. Essa movimentação, explicou o professor, criou o que ele chamou de plano de fraqueza bem no meio da encosta. “Esse deslizamento ocorreu exatamente onde está esse plano de fraqueza”, explicou.

Em análise, os pesquisadores descobriram que o tipo de rocha que forma o maciço que deslizou contém minerais que tornam a pedra mais porosa. Com os grandes volumes de chuva como os registrados, essa água se infiltrou na rocha, o que facilitou o processo de deslizamento.

“O que controla esses deslizamentos são essas fraturas na rocha, mas o que deflagra é a chuva intensa. A precipitação pluviométrica muito intensa lubrifica esses planos de fraqueza e daí aquele maciço se mobiliza e cai”, completou o professor.

DNIT não deixou claro quais obras serão necessárias no local

O DER-PR informou que tem deixado veículos e equipes de inspeção e sinalização de emergência no local. “Os serviços”, informou o órgão em nota encaminhada à RPC, “estarão à disposição para a operação de liberação da pista e durante a realização de qualquer obra no local, cabendo ao DNIT a execução das mesmas”.

A Defesa Civil também se manifestou por meio de nota, orientando que a liberação total do trecho só seja feita após as intervenções necessárias para a segurança dos motoristas que utilizam o trecho. Assim como o DER, a Defesa Civil também reforçou que a liberação total da via depende de cronograma do DNIT.

O DNIT não forneceu mais detalhes sobre quais tipos de intervenção terão que ser feitas no local do deslizamento. Questionado sobre as obras de contenção necessárias, o órgão disse apenas que está “sendo feito o monitoramento da movimentação das rochas com o uso de equipamento topográfico”, e que a previsão é “que a execução das obras e liberação das pistas ocorra na primeira quinzena de dezembro, antes do período de festas de final de ano”.

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