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Governador Ratinho Jr acredita que vacinação comece em março no Paraná, dentro do cronograma do Ministério da  Saúde.
Governador Ratinho Jr acredita que vacinação comece em março no Paraná, dentro do cronograma do Ministério da Saúde.| Foto: Rodrigo Félix Leal / AEN

Mesmo disposto a adquirir a vacina da Covid-19 de qualquer laboratório autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o governo do Paraná tem o Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, que coordena todas as campanhas de vacinação no Brasil, como sua principal aposta para imunizar a população no estado.

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Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (11), tanto o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) quanto o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, reforçaram que vão seguir o cronograma do governo federal. Com isso, a previsão é de que a vacinação comece em março no Paraná, com a primeira fase da aplicação de doses em profissionais de saúde e idosos.

Segundo o governador, todas as decisões para o início da vacinação serão tomadas de forma técnica. “Nós do governo do Paraná não vamos fazer da vacina um programa eleitoral. Estamos tratando esse assunto de forma técnica e científica. Não esperem desse governo e nem de mim fazer que a vacina seja uma plataforma eleitoral”, enfatizou o governador.

O Paraná tem R$ 200 milhões reservados para a vacinação contra a Covid-19. O montante é não só para aquisição de doses, mas também para compra de insumos como seringas, agulhas e refrigeradores. Entretanto, se o Ministério da Saúde fornecer doses suficientes ao Parana, o dinheiro que seria para compras as doses poderá reforçar outras aquisições dentro do plano estadual de vacinação.

"Não existe essa correria por essa ou aquela iniciativa. Temos que prestigiar o Programa Nacional de Imunização que até agora tem sido a joia da coroa da saúde pública brasileira ao longo de 40 anos", disse o secretário estadual de Saúde Beto Preto em entrevista ao jornal Bom Dia Paraná, da RPC.

Pfizer

Ratinho Junior citou uma reunião que teve no começo de outubro com um executivo da Pfizer, laboratório que concluiu todas as etapas da pesquisa de eficácia e que foi a primeira vacina aplicada no mundo ocidental, com o início da imunização no Reino Unido na última terça-feira (8). Quinta-feira (10), após pressão de governadores, o Ministério da Saúde assinou memorando para compra das doses da Pfizer, que serão distribuídas a todos os estados pelo PNI.

“Dia 7 de outubro, ou seja, 60 dias atrás, quando ninguém ainda falava da vacina da Pfizer, eu me reuni com o presidente da Pfizer na América do Sul. Tínhamos avançado em alguns assuntos para fortalecer uma parceria com o Tecpar. Só que não fizemos disso uma plataforma política, até porque porque tratamos tudo da pandemia de forma técnica”, ressaltou Ratinho Junior, sem dar maiores detalhes de por que o acordo não prosperou.

Paraná chegou a fazer dois acordos por vacina contra a Covid

Desde o início da pandemia em março, o governo do Paraná estabeleceu dois acordos com empresas que pesquisam a vacina da Covid-19 para testes e produção: um deles foi cancelado e outro está parado.

Em julho, o governador se reuniu com representantes da chinesa Sinopharm, que nessa semana apresentou 86% de eficácia de sua vacina. Entretanto, o acordo com o laboratório estatal chinês foi descontinuado de comum acordo entre o governo e a Sinhopharm.

Já em agosto foi feito outro acordo para testes e produção de vacina, desta vez a Sputnik V, do governo da Rússia. Os documentos deveriam ter sido entregues à Anvisa pelo Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar) em setembro para que os testes começassem em outubro, mas nenhum desses prazos foi cumprido. O motivo foi o pedido de revisão do acordo feito pelo governo russo, que começou sábado a vacinação em Moscou e que acertou quinta-feira (10) a venda de 20,6 milhões de doses para a Argentina.

A prefeitura de Curitiba já correu por fora do cronograma do Ministério da Saúde para ter a vacina. Semana passada, o prefeito Rafael Greca acertou diretamente com o governador de São Paulo a aquisição de R$ 4 milhões em doses da Coronavac, a vacina chinesa produzida pelo Instituto Butantan.

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