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Temporada de verão

Voos extras para Foz do Iguaçu têm potencial de movimentar a economia local

Voos extras para Foz do Iguaçu têm potencial de movimentar R$ 400 milhões
Imagem aérea da cidade de Foz do Iguaçu, localizada na região oeste do Paraná. (Foto: Roberto Dziura Jr./Governo do Paraná)

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O boom turístico esperado para a cidade de Foz do Iguaçu (PR) contará com expansão de voos para a cidade durante o verão, com potencial de movimentar até R$ 400 milhões na economia local. A companhia aérea Azul anunciou 64 voos extras entre dezembro e fevereiro, praticamente igualando os números recordes de 2019, antes da pandemia de covid-19 — quando o terminal atendeu 2,3 milhões de clientes.

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Entre 13 de dezembro de 2025 e 1º de fevereiro de 2026, serão 10.692 assentos adicionais. Em número de voos, a cidade também retoma o período pré-pandêmico, com média de 32 pousos e decolagens diários.

Para a Secretaria Municipal de Turismo o desafio é tornar estes voos sazonais em regulares, o que possibilitaria um impacto econômico de até R$ 400 milhões, fortalecendo a geração de empregos e a arrecadação na cidade. O reforço na conectividade representa crescimento de 11% no número de decolagens e 12% na oferta de assentos em relação à malha regular.

As operações vão ampliar as ligações entre Foz do Iguaçu e os aeroportos de Recife (PE) e Confins/Belo Horizonte (MG), considerados hubs estratégicos, que permitem conexões rápidas para outros destinos do Brasil e internacionais, incluindo Europa, América Central e América do Norte.

Além disso, Foz seguirá conectada com rotas regulares para Curitiba, Campinas e Congonhas, em São Paulo. Uma novidade é que, a partir de 26 de outubro, a Azul passa a operar dois voos diários e regulares entre Congonhas e Foz, fortalecendo a integração entre o aeroporto central da capital paulista e o destino paranaense.

“Vivemos um momento muito próspero no turismo de Foz do Iguaçu. Com esses novos voos, damos mais um passo fundamental para fortalecer nossa conectividade e sustentar o crescimento do setor”, afirmou o secretário municipal de Turismo, Jin Petrycoski.

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Atrações e setor hoteleiro de Foz do Iguaçu estão aquecidos

Entre janeiro e agosto de 2025, Foz do Iguaçu recebeu 3,3 milhões de turistas, consolidando-se como um dos destinos mais procurados do Brasil. O Parque Nacional do Iguaçu recebeu 1.321.416 visitantes, um crescimento de 10,81% em relação ao mesmo período de 2024.

O setor hoteleiro também registra desempenho histórico. Em agosto, a taxa de ocupação chegou a 66%, o maior índice desde 2021. No acumulado do ano, a média foi de 67%, recorde da série histórica, segundo pesquisa da Secretaria de Turismo com 109 meios de hospedagem.

“Esses números mostram a força do turismo de Foz. Investimos na diversificação de produtos, na promoção do destino e na qualificação da experiência do visitante”, destacou Petrycoski. Para o secretário estadual do Turismo, Leonaldo Paranhos, o aumento de voos reforça a posição do Paraná como destino turístico competitivo.

Para a empresa aérea, a nova oferta atende a uma demanda que notadamente vem crescendo. “Reforçar nossa malha durante o verão significa atender a essa procura crescente. Com voos extras ampliamos as opções de conectividade e fortalecemos o acesso às Cataratas e à diversidade de experiências que Foz oferece”, explica Beatriz Barbi, gerente de Planejamento e Estratégia da companhia aérea.

A expansão da malha aérea experimentada pelo destino, porém, ainda é inferior ao ritmo de crescimento de outras cidades. A falta de opções de voos vem sendo apontada por especialistas do setor como o principal gargalo para que a visitação do destino deslanche.

O aeroporto internacional e o Parque Nacional do Iguaçu, por exemplo, estão estruturados para operarem com 4 milhões de turistas/ano, mas a escassez de opções aéreas e os altos preços das passagens são vistos como empecilhos na hora de captar mais visitantes.

A única rota rodoviária para se chegar à cidade, a BR 277, deixa a desejar com muitos trechos sem duplicação e tarifas de pedágio consideradas altas. Esse panorama, aliado à distância dos grandes centros emissores, fazem com que Foz não consiga atingir pleno potencial de desenvolvimento turístico, que é sua principal vocação econômica.

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