Nova coluna

Eduardo Novaes Ramires*

Longevidade: conheça a nova coluna da Pinó, que fala sobre envelhecer com qualidade

Eduardo Novaes Ramires*
16/12/2021 08:05
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É com enorme satisfação que iniciamos a parceria entre a Aging 2.0 e a Gazeta do Povo, trazendo conteúdos sobre Longevidade. O entendimento da relevância do tema reflete globalmente o avanço demográfico e impacto social, portanto, torna-se fundamental a apresentação de inúmeros fatores que orbitam o envelhecimento.
Uma proporção cada vez maior de pessoas idosas estará presente na população - por isso a associação com cabelos brancos ou prateados. Nos países desenvolvidos, a idade mínima considerada para o idoso é 65 anos, enquanto no Brasil é 60 anos. Dois termos são os mais utilizados para denominar o impacto econômico dessa mudança demográfica. Na Europa é mais usual o termo Silver Economy (Economia Prateada). De forma concisa, pode ser definida como a parte da economia que diz respeito às necessidades específicas da população acima dos 50 anos. O termo Economia da Longevi­dade (Longevity Economy) foi definido pela influente American Association of Retired Person (AARP), como sendo a soma de toda a atividade econômica promovida pelas necessidades das pessoas com 50 anos ou mais. Também reconhecemos outros impactos da economia da longevidade.
A noção anacrônica de pessoas aposentadas, de pijama e chinelo, que se dedicavam a apreciar (ou cuidar) dos netos e passavam tardes em frente ao televisor ou carteado não cabe mais na realidade presente.
A expectativa de vida média no Brasil era de 52,5 anos em 1960, e em 2020 saltou para 76,7 anos. A taxa de fertilidade média em 1960 era de 6,1 filhos por mulher e em 2015 essa taxa foi de 1,7 filhos, nível abaixo da reposição populacional, de 2,2 filhos por mulher. Proje­ções da ONU indicam para 2050 um mundo com cerca de 2,1 bilhões de pessoas idosas (25% do total). 68,1 milhões no Brasil. Como estaremos em relação ao sistema de saúde e previdenciário, políticas públicas, mercado de trabalho, seguro, moradias, turismo, cuidados básicos e familiares?
O movimento Aging 2.0, (www.aging2.com) fundado nos Estados Unidos em 2012, constitui uma comunidade colaborativa que busca acelerar a inovação relacionada aos desafios e oportunidades da longevidade, atualmente com mais de 40 mil membros em 32 países e 129 cidades. Na Aging 2.0 existem “chapters”, com embaixadores voluntários que representam o movimento. No Brasil temos embaixadores em Brasília, Curitiba, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro e São Paulo.
Em 2019, a Aging 2.0 participou do Catálogo Seniortech de soluções tecnológicas voltadas para a longevidade no Brasil, promovendo três edições - 2018, 2019 e 2021 - a Chamada de Negócios da Longevidade (Startup Search).
A embaixada de Curitiba é a mais jovem da Aging2.0 Brasil. Compõe a diretoria, eu, Eduardo Ramires, um dos fundadores da Startup Broder, que oferece companhia para atividades externas a seniores e quem mais precisar, tive a honra de substituir a primeira embaixadora, Profª Taiuani Marquine, coordenadora da Universidade Aberta da Maturidade da UFPR, que atua agora como diretora. Temos ainda o Eng. Norton Mello, PhD. em Moradias para Idosos, com projetos arquitetônicos realizados nos Estados Unidos e no Brasil, dentre os quais o BIOOS, em Curitiba. Edilmere Sprada, que organiza cursos para formação de cuidadores para idosos, é pioneira na formação de acompanhantes para idosos em viagens e participa do projeto Broder Travel. Completa o time o psicólogo Raphael di Lascio, que coordenou o projeto UP Maturidade e hoje está à frente da iniciativa MatureSer.
Esse é o time da Aging 2.0 Curitiba, vamos juntos elaborar conteúdos relevantes, práticos e abrangentes sobre as mudanças, desafios e oportunidades da longevidade. A cada edição um tema diferente será apresentado. Venha conosco!
*Eduardo Novaes Ramires é embaixador Aging 2.0 em Curitiba.