Artes plásticas

MON promove debate sobre obra de Juarez Machado e visita guiada à exposição

Equipe Pinó
23/08/2022 20:46
Thumbnail

O artista Juarez Machado, tema de exposição e mesa redonda no MON | Max Schwoelk

Uma mesa redonda com artistas e nomes ligados às artes plásticas discute, na noite desta terça-feira (23), a partir das 18h, o significado da obra do artista catarinense Juarez Machado. O bate-papo acontece simultaneamente à exposição comemorativa “Juarez Machado – Volta ao mundo em 80 anos”, em cartaz no Museu Oscar Niemeyer (MON) desde junho. A partir das 18h, o curador Edson Busch Machado se junta ao crítico de arte Fernando Bini, aos artistas plásticos Fernando Velloso e João Osório Brzezinski para mergulhar na obra de Machado. A mediação é de Glaci Gottardello, diretora cultural do MON. A entrada é gratuita.
A exposição abrange desde o início da
carreira do pintor na capital paranaense até sua fase internacional com a
mudança para Paris, em 1986. São mais de 170 obras.
Embora nascido em Joinville, a história de Juarez Machado está
diretamente ligada a Curitiba. Entre 1961 e 1965, estudou na Escola de Música e
Belas Artes do Paraná, na capital do estado. Pintor, escultor, desenhista,
caricaturista, cartunista e ilustrador, trabalhou tanto no teatro quanto na TV
paranaense.
A
primeira exposição individual de Machado, realizada na galeria Cocaco, em 1963,
já tinha como tema as bicicletas – ícone de seu universo artístico, juntamente
com elementos como o guarda-chuva.
“Juarez influenciou seus pares mais próximos e recebeu influência, por exemplo, do desenho de Luiz Carlos de Andrade Lima”. Conta Fernando Bini. “Mas ele criou uma maneira própria de ser que não tem como ser copiada”, avalia.
 "Atelier sobre os telhados de Paris" – Óleo sobre tela, 2015. Reprodução/divulgação
"Atelier sobre os telhados de Paris" – Óleo sobre tela, 2015. Reprodução/divulgação

Fantástico, Rio de Janeiro e Paris

A incursão no teatro e na TV levou o artista ao Rio de
Janeiro, onde morou por 20 anos. Lá, foi chargista dos principais jornais do
país – trabalhou para o Pasquim - e teve seu talento reconhecido também
internacionalmente. Ainda no Rio, circulou entre nomes como Juca Chaves,
Ziraldo, Henfil, Millôr Fernandes, Jaguar, Zanini, entre outros.
Entre 1973 e 1978, comandou um quadro de arte e humor na TV
Globo, nos primeiros anos do programa Fantástico – fazia vinhetas animadas em
cenários projetados por ele. Atuava como mímico ou, como gostava de dizer, “desenhista
de gesto”. Com o rosto pintado de branco, interagia com seus próprios desenhos.
Fixou residência em Paris nos anos 80 – seu principal ateliê fica em Montmartre, embora mantenha um também em Joinville e outro no Rio. Sua influência é vista em áreas artísticas diferentes, em espetáculos de dança, de música e no cinema, como em O Fabuloso Destino de Amelie Poulain, do diretor francês Jean-Pierre Jeunet, que se utiliza de referências do universo pictórico do artista.  Em 2014, fundou o instituto Juarez Machado, na cidade onde nasceu, com objetivo de fomentar a arte em sua terra natal.
A exposição em homenagem aos 80 anos do artista conta com
peças significativas da carreira de Machado, como a bicicleta de rodas
quadradas. Segundo o curador da mostra, a ideia é que o público passeie entre o
acervo como se fizesse um passeio de bicicleta.
Nesta quarta-feira (24), o curador Edson Busch Machado conduz
visitas mediadas à exposição para o público espontâneo. As mediações acontecem
às 11h e às 15h. Para participar, é preciso chegar à entrada da Sala 3 do MON
com 15 minutos de antecedência. Às quartas-feiras, a entrada é franca.

Serviço:

  • Mesa redonda com Edson Busch Machado, Fernando Bini, João Osório Brzezinski e Fernando Velloso
  • Mediação: Glaci Gottardello, diretora cultural do MON
  • Dia 23 de agosto, às 18h
  • Miniauditório do MON - entrada franca
  • Visita mediada à exposição “Juarez Machado – Volta ao Mundo em 80 Anos” com Edson Busch Machado
  • Dia 24 de agosto, às 11h e às 15h. 
  • Sala 3 do MON
  • Exposição “Juarez Machado – Volta ao Mundo em 80 Anos”
  • De 2 de junho a 18 de setembro de 2022
  • Sala 3
Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999), (41) 3350-4400. De terça a domingo, das 10h às 17h30 (permanência até 18h). R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada). Toda quarta-feira, entrada gratuita. Para mais informações, acesse o site do MON.