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| Foto: Daniel Caron/Gazeta do Povo

Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete do governador Beto Richa (PSDB), afirma que a gravação em que ele aparece em um diálogo tentando dissuadir a construtora Contern de participar da licitação da PR-323 para supostamente beneficiar a Odebrecht é clandestina e feita por uma pessoa que esteve uma única vez em seu gabinete. A gravação foi feita em 2014 e veio a público na quinta-feira (10) após ser publicada pela revista IstoÉ.

Em uma nota enviada à imprensa no fim da tarde desta sexta-feira (11), Roldo afirmou que está sendo vítima de chantagem e que em 34 anos de exercício de funções na administração pública nunca cometeu qualquer irregularidade.

Leia a nota na íntegra

CHANTAGEM E GRAVAÇÃO CLANDESTINA

Nunca cometi qualquer irregularidade em 34 anos de exercício de funções na Administração Pública.

Estou sendo vítima de chantagem continuada, a partir de uma gravação clandestina feita por pessoa que esteve uma única vez em meu gabinete, no Governo do Estado, em 2014, buscando informações sobre uma Parceria Público-Privada.

A própria conversa, repito, gravada de forma premeditada, ilegal e com interesses escusos, mostra que não houve pedido de favorecimento a ninguém. Tampouco os fatos posteriores indicaram que pudesse ter havido qualquer prejuízo aos interesses da Administração Pública. Nunca interferi ou sugeri qualquer direcionamento no processo licitatório da PR-323.

Desde meados de 2015, quando houve a descoberta da existência dessa gravação clandestina, tenho sido vítima de ameaças e chantagens nos bastidores, com pessoas se utilizando inescrupulosamente de um suposto comportamento criminoso de minha parte – o que nunca ocorreu.

Sou acusado caluniosamente de tratar de uma licitação com um empresário que não participou desse processo e de lhe oferecer vantagens na negociação de um empreendimento cuja venda não se efetivou. Isso para beneficiar uma terceira parte numa obra que nunca foi realizada. Ou seja, nada do que insinuam aconteceu.

A existência dessa gravação, por si só, não compromete a minha postura de respeito e observância às leis e à ética. Até porque, como disse antes, a referida conversa não teve efeito prático nenhum.

Só serve para alimentar interesses levianos de ex-políticos que provavelmente não se conformam de não obter, imagino eu, vantagens com chantagens ou práticas que nunca foram admitidas durante a minha passagem pela Administração Pública.

Curitiba, 11 de maio de 2018.

DEONILSON ROLDO

Jornalista

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