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O Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná | Albari Rosa/Gazeta do Povo/Arquivo
O Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo/Arquivo

A cerca de um mês do início das convenções que definirão as chapas dos candidatos a governador, os principais postulantes ao Palácio Iguaçu têm na vaga de vice uma das armas para barganhar a atração de legendas aliadas – garantia de mais dinheiro do fundo partidário/eleitoral e de tempo de televisão.

TODOS OS CANDIDATOS:confira os postulantes ao Palácio Iguaçu

O prazo para que tudo se defina é entre 20 de julho e 5 de agosto. Até lá, as costuras nos bastidores seguirão intensas. Veja o cenário de momento:

Alexandre Mazzo/Gazeta do Povo

Ratinho Jr. (PSD)

Por ora, a vice do deputado estadual Ratinho Jr. (PSD) tem sido a mais cobiçada. Os presidentes de duas das mais importantes federações do Paraná se licenciaram dos cargos com a perspectiva de ser o escolhido. Edson Campagnolo (PRB) se afastou da Federação das Indústrias (Fiep), enquanto Darci Piana (PSD) deixou temporariamente a Federação do Comércio (Fecomércio).

Se ambos poderiam atrair a simpatia do setor produtivo e empresarial do estado, outros dois nomes são vistos como alternativa para neutralizar a ligação do ex-senador Osmar Dias (PDT) com o agronegócio. Norberto Ortigara (PSD) foi secretário de Agricultura na gestão Beto Richa (PSDB). Já Marcel Micheletto (PR) é prefeito da cidade de Assis Chateaubriand e ex-presidente da Associação dos Municípios do Paraná.

A princípio, Piana e Ortigara parecem sair atrás na disputa por estarem filiados ao mesmo partido de Ratinho, o que significaria a formação de uma chapa pura e, portanto, o escanteamento de partidos aliados.

Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Osmar Dias (PDT)

Sempre que é questionado a respeito de alianças, o pedetista afirma que prioriza, na verdade, um projeto político para o estado. Nessa linha, tem conversado com diversos partidos, alguns deles, inclusive, propensos neste momento a integrarem a coligação de candidatos adversários.

Aliados do ex-senador dizem ser muito cedo para falar em possíveis nomes de vice. Mas todos são unânimes em defender que o mais importante é que seja alguém “idôneo”. O próprio Osmar tem essa preocupação. Na eleição de 2006, a derrota por apenas 10 mil votos para Roberto Requião (MDB) é atribuída justamente ao vice.

Ex-prefeito de Toledo, Derli Donin (PP) respondia então a oito processos administrativos e dois criminais. Para este ano, porém, o pedetista garante que não cometerá o erro de deixar partidos aliados escolherem o candidato a vice.

Daniel Caron/Gazeta do Povo

Cida Borghetti (PP)

O possível vice da atual governadora Cida Borghetti (PP)  é uma incógnita ainda maior que o de Osmar. Isso se deve, em grande medida, ao fato de ela ter por ora o maior leque de alianças, com mais de uma dezena de partidos. Logo, o número de opções é imenso. Ao mesmo tempo, há incerteza entre as legendas aliadas se ela se tornará um nome competitivo até a data das convenções, o que pode minguar o rol de apoiadores.

Por isso, são diversas as correntes defendidas por pessoas próximas a Cida. Alguns avaliam que, pelo histórico do deputado federal Ricardo Barros (PP), marido da governadora, a escolha será de um político, justamente para atrair apoios. Se esse for o caminho, um dos entendimentos é que a vaga deveria ficar com o PSDB, partido de Richa e dono da maior estrutura no estado.

Outra linha de raciocínio, porém, prega que o escolhido seja um nome de fora da política, ligado a alguma entidade ou instituição. Isso evitaria a descoberta de uma ficha corrida desabonadora a partir do escrutínio a ser feito pela imprensa e por adversários.

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