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Candidato ao governo Ratinho Junior (PSD) em sabatina na Gazeta do Povo | Alexandre Mazzo/Gazeta do Povo
Candidato ao governo Ratinho Junior (PSD) em sabatina na Gazeta do Povo| Foto: Alexandre Mazzo/Gazeta do Povo

O candidato ao governo do Paraná Ratinho Junior (PSD) parece disposto a descolar a imagem à do ex-governador Beto Richa (PSDB), preso na última terça-feira (11) acusado de fraude em licitações de estradas rurais. Em sabatina à Gazeta do Povo na tarde desta quarta-feira (veja na íntegra), Ratinho, que foi secretário de Desenvolvimento Urbano do governo Richa entre 2013 e 2014 e de 2015 a 2017 sustentou que “se houve problemas em outras áreas do governo” não pode “pagar pelo erro dos outros”.

O papel de Ratinho à frente de uma das pastas mais importantes do Executivo estadual e sua ligação com o ex-governador, manchado pela prisão e por investigações das operações Lava Jato e Quadro Negro, é uma das armas de seus adversários ao Palácio Iguaçu.

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Aos jornalistas, Ratinho declarou não se arrepender da participação no governo do tucano. “Não [me arrependo] porque eu não participei de nada [esquema de propina]. Não posso me arrepender do que não fiz. Tenho honra de ter participado da secretaria [Sedu] sem nenhuma obra investigada . Se alguém fez alguma coisa errada, que pague a e justiça seja feita”, disse.

Apesar disso, o candidato diz não ter mais ligações com Richa. “Não adianta querer jogar no meu colo uma aliança que não existe”, diz, apontando que a coligação dele “é outra” -- Richa participa da chapa da candidata Cida Borghetti (PP).

Segundo Ratinho, sua relação com o ex-governador era restrita aos assuntos da pasta e ele tomou conhecimento das operações que envolvia seu chefe “apenas pela imprensa”. “Falava [com Beto] quando precisava falar da minha pasta. Não tinha relação de intimidade”, se defendeu. “Eu cumpri o papel da minha secretaria. Ele como governador deveria ter tomar suas decisões [em relação aos escândalos em outras pastas]”, disse.

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O candidato ainda afirmou que “nunca teve pedido ilícito” em sua secretaria. “Nunca me pediram absolutamente nada e eu jamais aceitaria”.

Prisão de Richa

Beto Richa, a esposa, Fernanda Richa, e aliados foram presos na última terça-feira (11) em operação do Gaeco que investiga fraudes em licitações para manutenção de estradas rurais: a operação Rádio Patrulha.

O juiz Fernando Fischer, da 13ª Vara Criminal de Curitiba, concordou com os apontamentos dos Ministério Público Estadual (MP) de que o ex-governador Beto Richa (PSDB) é o chefe da organização criminosa que fraudou o programa “Patrulha do Campo”. Ao determinar a prisão temporária do tucano, o magistrado viu indícios suficientes de que ele foi o principal beneficiado pelo esquema, que só funcionava graças ao aval dele aos subordinados como chefe do Executivo.

Já a ex-primeira-dama Fernanda Richa é apontada como auxiliar do marido na lavagem do dinheiro desviado, por meio da compra de imóveis no nome de empresas da família. Veja abaixo o que dizem os presos.

Veja como foi a sabatina:

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