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Leonir Batisti, coordenador estadual do Gaeco | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Leonir Batisti, coordenador estadual do Gaeco| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A Operação Al Barã, deflagrada na manhã desta quinta-feira (1º) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), investiga um esquema de corrupção que envolve atuais servidores e ex-funcionários da Secretaria Municipal de Urbanismo de Curitiba. Segundo informações do Gaeco, oito pessoas foram presas temporariamente por terem recebido dinheiro no esquema que facilitava a aprovação de alvarás por meio da cobrança de propinas.

O coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, explicou que dois ex-servidores da secretaria cobravam para agilizar a tramitação de pedidos de alvará e outros tipos de licenças que tramitavam dentro do órgão. A propina obtida era redistribuída com os funcionários que continuavam atuando dentro da prefeitura. As irregularidades investigadas aconteceram no segundo semestre do ano passado, mas, segundo Leonir Batisti, existe a possibilidade de o grupo estar atuando ilegalmente há mais tempo.

Esses dois ex-funcionários estão entre o grupo de presos pela operação, do qual também fazem parte atuais servidores e outras pessoas intermediariam o esquema angariando interessados em agilizar a liberação de alvarás.

Batisti não soube estimar quanto o esquema de corrupção pode ter movimentado, mas afirmou ter identificado depósitos em valores que variavam entre R$ 12 mil e R$ 14 mil que podem estar relacionados ao esquema.

O único alvo da operação que teve o nome divulgado até agora foi o ex-secretário de Urbanismo da gestão de Gustavo Fruet (PDT), Reginaldo Cordeiro. Ele foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento e sua casa foi alvo de busca e apreensão. Entretanto, Leonir Batisti destaca que ele não é suspeito. “Colocá-lo como suspeito agora é excessivo, mas como era o secretário, tem situações que ele pode melhor explicar”, afirmou.

Segundo Batisti, por enquanto não há indícios de que tenha havido conivência ou participação do alto escalão do Executivo no esquema revelado. O coordenador do Gaeco também afirmou que a investigação foi autônoma e que não solicitou apoio da prefeitura para apuração dos fatos.

Durante a manhã de hoje, o atual secretário municipal de Urbanismo, Marcelo Ferraz, reafirmou que a investigação é referente a fatos que aconteceram na gestão anterior e disse que a secretaria está à disposição para colaborar de maneira plena com as investigações. Ele também afirmou que se houver a confirmação de que os casos seguiram acontecendo em 2017, os envolvidos serão punidos.

“Serão tomadas todas as medidas necessárias e cabíveis para puni-los, inclusive com demissão, se for necessário”, afirmou Marcelo Ferraz.

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