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Ezequias Moreira, ao tomar depoimento nas investigações da Operação Quadro Negro, em fevereiro deste ano | Marcelo Andrade
Gazeta do Povo
Ezequias Moreira, ao tomar depoimento nas investigações da Operação Quadro Negro, em fevereiro deste ano| Foto: Marcelo Andrade Gazeta do Povo

Ezequias Moreira, mencionado em delação premiada na Operação Quadro Negro e elevado pelo ex-governador Beto Richa ao primeiro escalão do governo do Paraná, pediu nesta quinta-feira (31) a exoneração do cargo de secretário especial de Cerimonial e Relações Exteriores. A requisição foi entregue em mãos no Palácio Iguaçu - e já tinha sido antecipada pelo jornalista Rogerio Galindo, no blog Caixa Zero.

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O ex-secretário foi uma das pessoas citadas na delação do empresário Eduardo Lopes de Souza, que serviu de base para a abertura de novas frentes de investigação no âmbito da Operação Quadro Negro. Ele nega a participação em ilícitos.

Na semana passada, a governadora Cida Borghetti (PP) já tinha afirmado em entrevista à  Gazeta do Povo  que aguardava um relatório da Divisão de Combate à Corrupção, criada recentemente por ela, sobre Ezequias. 

Não é a primeira vez que o nome de Ezequias é mencionado em um caso de corrupção. O mais famoso foi o “caso da sogra fantasma”

Em 9 de agosto de 2007, tornou-se pública uma denúncia contra Ezequias, então chefe do gabinete do então prefeito de Curitiba Beto Richa, e contra a sua sogra, Verônica Durau. Segundo a acusação, ela não cumpria expediente na Assembleia Legislativa, onde trabalhava. Ela estaria lotada num suposto gabinete “fantasma” de Richa, ex-deputado estadual.

Em 11 de setembro de 2007, a sindicância da Assembleia comprovou a maior parte da denúncia.  Em novembro do mesmo ano, o MP abriu duas ações contra Ezequias. Em abril de 2008, ele devolveu espontaneamente aos cofre públicos o correspondente aos salários pagos à sogra, mais juros e correção.

Em 2012, a Justiça condenou Ezequias por improbidade administrativa. Em junho de 2013, ele foi nomeado por Richa secretário especial do Cerimonial e Relações Internacionais.

Em 2017, ele foi condenado a seis anos e oito meses de prisão, mas a decisão não teve nenhum efeito prático porque o crime prescreveu.

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