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Advogado e comunicador, Nasser participou de diversas gestões do governo do Paraná | Divulgação Facebook/Luiz Fernando Pereira
Advogado e comunicador, Nasser participou de diversas gestões do governo do Paraná| Foto: Divulgação Facebook/Luiz Fernando Pereira

Faleceu neste domingo (23), o advogado e comunicador Carlos Felisberto Nasser. Ele tinha 78 anos e morreu em sua casa, em Curitiba. Em fevereiro deste ano, quando ocupava um cargo na Casa Civil do governo de Beto Richa (PSDB), Nasser foi um dos alvos da Operação Integração, a 48ª fase da Lava Jato que investigou suspeitas de corrupção na relação entre o governo e as concessionárias de pedágio. Segundo o Ministério Público Federal, entre 2007 e 2015 mais de R$ 2 milhões foram transferidos pela Rio Tibagi, subsidiária da Econorte, a contas de Carlos Nasser.

Em depoimento ao MPF, Nasser afirmou que esse dinheiro foi destinado a campanhas eleitorais. A informação está na denúncia apresentada pelo Ministério Público em abril deste ano. Na peça, entretanto, os investigadores não revelam se Nasser disse quais políticos e quais campanhas eleitorais exatamente teriam recebido o dinheiro.

Quando a denúncia foi apresentada, a defesa de Nasser afirmou que não houve crime e que o depoimento do ex-funcionário da Casa Civil era “imbuído de vícios de legalidade já levados ao conhecimento da 13.ª Vara Federal de Curitiba”.”

“A defesa juntou documentos e indicou as demais pessoas envolvidas na contratação e que comprovam a licitude dos recursos recebidos, da idoneidade do contrato e da efetiva prestação dos serviços pela Power Marketing, por intermédio de Carlos Nasser, mas que sequer foram ouvidas pelo MPF. Os serviços de assessoria e consultoria foram prestados de forma personalíssima por ele e os valores recebidos são as contraprestações contratualmente previstas, conforme atestam os documentos juntados no inquérito policial”, escrevem as advogadas.

Trajetória profissional

Nesta segunda-feira (24), o advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira, amigo pessoal de Nasser e testemunha de defesa no processo da Lava Jato, escreveu um texto defendendo a inocência do amigo. No texto Pereira afirma que Nasser foi mais uma vítima da lógica de “punições antecipadas” da Lava Jato.

Como assessor e estrategista, Nasser participou de diversos momentos relevantes da política paranaense e nacional: do governo Jayme Canet ao de Beto Richa, passando por dezenas de campanhas eleitorais, entre elas as de Geraldo Alckmin, Paulo Maluf, Afonso Camargo e Alvaro Dias.

Nasser também se envolveu com personalidades da cultura. Segundo o relato de Pereira, ele conviveu com Nelson Rodrigues, Millôr Fernandes e Paulo Francis. Nasser também foi colunista da Gazeta do Povo e alguns de seus textos podem ser lidos aqui.

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