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 | Chico Camargo/Câmara de Curitiba
| Foto: Chico Camargo/Câmara de Curitiba

Quando foi prestar contas das finanças do município aos vereadores de Curitiba, o secretário de Finanças, Vitor Puppi, deixou avisado aos parlamentares que em breve a prefeitura reenviaria ao Legislativo os projetos de aumento na alíquota do ITBI e as mudanças na cobrança do ISS. As propostas estavam originalmente previstas no pacote de ajuste fiscal que chegou à Câmara em março, mas foram retiradas pela prefeitura depois da pressão de diversas entidades.

O próprio prefeito Rafael Greca (PMN) já havia avisado, ainda em agosto, que os projetos seriam reformulados por sua equipe e voltariam à Câmara para análise dos parlamentares. Ainda assim, o anúncio de Puppi desagradou os vereadores da base aliada. O principal motivo da reação é que os vereadores aguardam a chegada, já nos próximos dias, de um projeto do Executivo que vai reformular o Instituto Curitiba de Saúde, que é o plano de saúde dos servidores municipais.

Ainda não há informações oficias sobre o teor do projeto, mas nos bastidores comenta-se que o instituto será reestruturado e, entre outras medidas, será proposto o aumento da alíquota descontada do salário dos servidores e o acréscimo no valor pago para inclusão de dependentes, medidas que devem gerar forte reação dos servidores.

Depois de quase sete meses de votação do pacote de ajuste fiscal, os vereadores de Curitiba imaginavam um período de calmaria depois de aprovadas as medidas de austeridade. Como, na visão dos parlamentares, o Executivo considera fundamentais as mudanças no ICS, a base aliada atua para tentar evitar que os projetos que mexem no ITBI e no ISS não sejam enviados à Câmara. Deste modo, pelo menos parte da pressão seria evitada.

Uma queixa registrada pelos vereadores da base – sob condição de anonimato – é que as alterações no Instituto Curitiba de Saúde deveriam ter sido enviadas junto com os outros projetos do ajuste fiscal. Na visão dos parlamentares, os projetos enviados separadamente prorrogam a forte pressão que os servidores municipais vêm exercendo sobre os vereadores que apoiam Greca.

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