Paraná cai em ranking que mede a competitividade dos estados

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Quando o assunto é competitividade, o desempenho do Paraná vem caindo em relação aos demais estados brasileiros. Os dados são de um ranking desenvolvido pelo Centro de Liderança Pública (CLP), realizado com a mesma metodologia desde 2015. O estado chegou a ocupar a segunda colocação nas duas primeiras edições do ranking (2015 e 2016). Mas, em 2017, o Paraná foi ultrapassado por Santa Catarina e caiu para a terceira colocação. Agora, está em quarto, após ser superado também pelo Distrito Federal. Em todos os anos, São Paulo foi considerado o estado mais competitivo do país.

Para entender o motivo da queda é preciso compreender, de início, o que o CLP entende por competitividade. Ana Marina de Castro, gerente de mobilização e uma das criadoras do ranking, explica que o índice não considera, somente, questões econômicas. “Entendemos como competitividade a capacidade de uma localidade em usar seus recursos para gerar prosperidade econômica e bem-estar social”, diz.

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Para medir essa capacidade, o índice considera dez pilares, isto é, áreas que são essenciais para a competitividade: infraestrutura; sustentabilidade social; segurança pública; educação; solidez fiscal; eficiência da máquina pública; capital humano; sustentabilidade ambiental; potencial de mercado; e inovação. Cada um dos pilares é mensurado por meio de um conjunto de indicadores.

No caso da segurança pública, por exemplo, são considerados fatores como o déficit carcerário e o número de mortes a esclarecer. Com o grupo de indicadores reunidos, é realizada uma padronização, de modo que cada pilar – e também a nota final – fique em um intervalo entre 0 e 100.

“Os pilares mostram os desafios do país. Aqueles em que enfrentamos mais dificuldades possuem um peso maior no cálculo do resultado final”, explica Ana. Além disso, quando um estado consegue 100 em algum pilar, isso não implica que não há problemas a enfrentar, mas sim que aquele estado é o melhor entre as unidades da federação brasileiras naquele quesito.

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Queda em áreas importantes

Foi justamente em pilares com peso maior no cálculo do índice que o Paraná teve resultados piores. Em segurança pública, a nota do estado caiu de 100 em 2015 e 2016 para 79,8 em 2017 e 73,8 em 2018 (veja todas as notas no infográfico abaixo). “Um dos fatores que impactou nessa queda foi o aumento do número de mortes no trânsito – algo que vem acontecendo em todo o país”, diz Ana.

Em infraestrutura, o estado já não vinha bem. A queda foi de 69,9 em 2017 para 62,2 na última edição do ranking. “Alguns fatores básicos impulsionaram o mau desempenho, como a alta no custo do saneamento e da energia”, explica a gerente.

Outros pilares,que têm peso menor no cálculo final, também pioraram: potencial de mercado; sustentabilidade ambiental; e capital humano. “Um dos problemas enfrentados pelo estado é ter uma matriz econômica muito desigual. Boa parte do potencial de geração de valor agregado está concentrada em Curitiba e região. Tornar essa distribuição mais igualitária é um desafio”, afirma Ana.

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Outros estados foram melhor

Se, por um lado, o Paraná teve queda em indicadores importantes, por outro houve melhoras nos demais estados. O Distrito Federal, que ultrapassou o Paraná no ranking, teve melhoras justamente nos pilares com mais peso, segurança pública e infraestrutura. Já Santa Catarina, que está em segundo lugar, vai melhor que vizinho do Sul em quase todos os pilares, à exceção de infraestrutura; eficiência da máquina pública; e sustentabilidade ambiental.

Veja no infográfico como foi o desempenho do estado em cada pilar e em relação a outros estados: