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Pedido de vistas foi feito pelo deputado Tadeu Veneri (PT) | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Pedido de vistas foi feito pelo deputado Tadeu Veneri (PT)| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A votação do projeto que decidirá o índice de reajuste do funcionalismo estadual do Paraná foi adiada. A oposição ao governo Cida Borghetti (PP) pediu vistas ao projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa. Ainda durante a sessão da comissão, o governo do estado divulgou um pedido da governadora para que os outros poderes reduzam sua oferta de reajuste, de 2,76% (a inflação do período) para 1%, que é o porcentual oferecido pelo Executivo.

O deputado Tadeu Veneri (PT), que pediu vistas, disse que o fez porque haveria uma possibilidade de entendimento entre governo e sindicalistas e que seu pedido permitiria essa negociação. Durante a sessão desta tarde, as bancadas de governo e oposição concordaram em, pela terceira vez, retirar os reajustes dos demais poderes da pauta para permitir a aprovação de projetos que só podem ser apreciados até o fim desta semana, por restrições da lei eleitoral.

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O governo Cida ofereceu 1% de reajuste aos seus servidores, o que não cobre os 2,76% de inflação dos últimos 12 meses. O funcionalismo, que acumula mais de 10% de defasagem desde o congelamento de salários em 2016, não aceita o índice.

Negociação longa e pressão sobre a governadora

Ao longo deste mês, a governadora foi pressionada em torno do tema e em duas frentes. Sem reajuste desde 2016, servidores montaram um acampamento em frente ao Palácio Iguaçu – sede do Executivo – exigindo pelo menos a reposição da inflação dos últimos doze meses (maio de 2017 a abril de 2018). Além disso, os outros órgãos e poderes encaminharam para aprovação dos deputados proposta para revisar a remuneração de seus quadros em 2,76%.

Emparedada, Cida abriu negociação com o funcionalismo, em grande medida pelo tema envolver em torno de 284 mil servidores ativos, inativos e pensionistas, uma quantidade importante de eleitores no pleito de daqui a três meses. Mas, após inúmeras reuniões, ela anunciou na segunda-feira (25) que só tem condições de pagar 1% de reajuste – comissionados não terão direito ao benefício.

“Técnicos da Secretaria da Fazenda analisaram diversos cenários para avaliar o impacto do reajuste nas contas do estado. Este foi o índice possível para o momento. Vamos manter o diálogo franco, permanente e transparente com os servidores para avançar nas demandas, com responsabilidade e zelo com as contas públicas”, justificou a governadora.

Ao contrário da data-base da categoria (1º de maio), o reajuste valerá a partir da folha de junho. O impacto ao caixa estadual será de R$ 141,4 milhões até o final deste ano.

Veja ao vivo a sessão da Assembleia que discute o reajuste dos outros poderes

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