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Richa e Dória em Curitiba nesta quinta-feira (3). | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Richa e Dória em Curitiba nesta quinta-feira (3).| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

“Não vamos fechar”. Foi assim que o governador Beto Richa (PSDB) cravou que não está nos planos do Paraná abrir mão do Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE). De acordo com a imprensa gaúcha, o governo federal teria listado o BRDE entre as estatais e ativos que o governo do Rio Grande do Sul teria de se “desfazer” para receber a ajuda de R$ 2 bilhões para contornar a crise financeira que atinge aquele estado. A instituição financeira é gerida pelos três estados da Região Sul e funciona aos moldes do BNDES.

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Richa mencionou o assunto brevemente, durante discurso em evento com empresários e o prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), nesta quinta-feira (3), em Curitiba. Ele respondeu a uma fala anterior de Darci Piana, presidente da Fecomércio, que havia defendido que o controle dos bancos permaneça nas mãos estaduais.

Uma carta assinada pelo G7 – grupo que reúne as principais entidades do setor produtivo do estado – enfatizou a importância da instituição financeira para o desenvolvimento do Paraná. As cooperativas agrícolas, por exemplo, costumam recorrer a empréstimos com juros mais baixos, oferecidos pelo BRDE.

O assunto deve ser debatido, informalmente, nesta sexta-feira (4), quando os três governadores se reúnem em Florianópolis para a troca de comando do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) – Richa passa a presidência rotativa para Raimundo Colombo, de Santa Catarina. O governador paranaense declarou que, se o Rio Grande do Sul apresentar a proposta de vender o BRDE, o Paraná não vai aceitar.

O vice-presidente do BRDE, Orlando Pessuti, disse que não há nada oficial sobre a eventual negociação envolvendo o banco. Segundo ele, ainda não foram feitos pareceres jurídicos para esclarecer se a parte gaúcha poderia ser “comprada” pelos demais estados e se há viabilidade legal para federalizar o banco. Pessuti argumenta que a instituição é superavitária e que haveria outros ativos dos quais os gaúchos poderiam dispor para oferecer como contrapartidas pela ajuda federal.

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