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O governador Geraldo Alckmin (PSDB) minimizou nesta segunda-feira (1º) a pesquisa Datafolha para presidente da República, divulgada no domingo, que o aponta com apenas 6% das intenções de voto, e ainda admitiu que caso o prefeito de São Paulo e seu afilhado político, João Doria (PSDB), dispute as eleições "será um ótimo candidato". No levantamento, Doria tem entre 9% e 11% das intenções de votos dependendo dos cenários.

"Pesquisa antes de começar a campanha eleitoral retrata o passado, é uma fotografia representando as últimas eleições. Então não tem maior significado", disse o governador em entrevista a jornalistas após a abertura da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). Alckmin avaliou ainda que o desempenho de Doria se deve ao chamado "recall" eleitoral, já que o prefeito saiu recentemente de uma disputa na capital paulista.

"Ele acabou de sair de uma eleição e é obvio que quem disputou mais eleição e eleição mais recente é mais lembrado. Não sei (se Doria será candidato). Se for, será um ótimo candidato", completou o governador.

Previdência

Assim como no discurso de abertura da feira, o governador paulista afirmou que falta ao governo federal uma boa comunicação para explicar os benefícios da Reforma da Previdência à população. "Você não pode ter Previdência, como a do INSS em que 70% ganham um salário mínimo, que a média é 1,7 salário mínimo, que o teto é R$ 5 mil e que na realidade ninguém ganha mais que R$ 4,2 mil, e ter outra Previdência que paga salários de R$ 30 mil, R$ 40 mil, R$ 50 mi", afirmou. "O objetivo da reforma é ter regime geral de Previdência onde o trabalhador do setor privado e o do setor público tenham as mesmas regras".

Alckmin disse ainda que é preciso explicar a questão atuarial à população, já que a expectativa de vida do trabalhador e do beneficiário aumentou, o que demanda mais da Previdência. Indagado se o presidente Temer estaria mais preocupado em convencer os deputados do que a população, Alckmin emendou: "convencendo a população, você convence os deputados que são os seus representantes. É preciso entender a lógica da reforma", concluiu.

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