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| Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, encaminhou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedido de investigação sobre a conduta do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), baseada em informações relatadas por ex-executivos da Odebrecht.

Em depoimento à Lava-Jato, o ex-diretor de Infraestrutura da Odebrecht, Benedicto Júnior, o ex-superintendente da empresa em São Paulo, Carlos Armando Paschoal, e o executivo Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, relataram que o cunhado do governador, Adhemar César Ribeiro, teria recebido R$ 10,3 milhões, em espécie, referentes a contribuições em caixa 2 para as duas últimas campanhas do tucano.

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A maior parte dos valores, R$ 8,3 milhões, teria sido paga na última campanha de Alckmin, em 2014. Na disputa de 2010, o irmão da esposa do governador teria recebido R$ 2 milhões.

Nos dois casos, os pagamentos teriam sido realizados em dinheiro, em operação implementada por meio do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, que administrava um caixa paralelo da empresa.

De acordo com os delatores Adhemar “receberia pessoalmente parte desses valores”. Os executivos relataram ter havido uma outra doação de R$ 400 mil para campanhas do tucano. Neste caso, o pagamento teria sido contabilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em nota divulgada no início da noite desta terça-feira, Geraldo Alckmin disse “jamais” ter pedido recursos irregulares em sua vida política, nem autorizado que o fizessem em seu nome.

“Jamais recebi um centavo ilícito. Da mesma forma, sempre exigi que minhas campanhas fossem feitas dentro da lei”, escreveu o governador tucano.

Na noite desta terça-feira, Adhemar César Ribeiro não foi localizado para comentar a acusação dos delatores da Odebrecht.

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