• Carregando...
Ilan Goldfajn, presidente do BC. | Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ilan Goldfajn, presidente do BC.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu a taxa básica de juros em mais um ponto percentual nesta quarta-feira (31). Com isso, a Selic passa a ser de 10,25% ao ano.

A decisão frustrou a expectativa que havia até o início de maio de que o ritmo de corte seria acelerado para pelo menos 1,25 ponto percentual. Analistas vinham afirmando nos últimos dias que o BC poderia ficar mais conservador por causa da crise política, que dificulta a aprovação de reformas e a construção de cenários para a economia.

Mesmo com recuo na Selic, investidor deve se manter mais conservador

Em seu comunicado, o Copom reforça que os indicadores estão mostrando a estabilização da economia, mas pondera que “a manutenção, por tempo prolongado, de níveis de incerteza elevados sobre a evolução do processo de reformas e ajustes na economia pode ter impacto negativo sobre a atividade econômica”.

Os membros do Copom deixam claro que o cenário fora da política é favorável: a economia internacional está colaborando e a inflação continua em queda. O problema está no cenário político.

“O Comitê entende que o aumento recente da incerteza associada à evolução do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira dificulta a queda mais célere das estimativas da taxa de juros estrutural e as torna mais incertas”, diz o comunicado.

O texto também antecipa que a próxima reunião do Copom já deve ter um corte na taxa abaixo de um ponto percentual. Essa desaceleração na redução dos juros pode frustras os analistas mais otimistas, que apontavam, antes das denúncias da JBS contra o presidente Michel Temer, a possibilidade de a Selic cair abaixo de 8% ao ano até o início de 2018.

A política do BC é perseguir a meta de inflação de 4,5% neste ano e em 2018 – no último mês, o índice acumulado em 12 meses já veio abaixo da meta, o que reforça a possibilidade de continuidade, mesmo que em menor ritmo, da redução dos juros. 

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]