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| Foto: MARCOS CORREA/PR

O governo federal prepara o lançamento de seu programa de investimentos em infraestrutura, o Avançar. A iniciativa, uma espécie de Programa de Aceleração do Investimento (PAC) de Michel Temer, prevê R$ 59 bilhões em investimentos em 2017 e 2018. Com obras como creches, postos de saúde, rodovias, e unidades habitacionais, programa pode aproximar Temer e políticos aliados da população e ser oportunidade de campanhas para 2018.

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A maior fatia dos R$ 59 bilhões será a dos investimentos em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, com R$ 22,7 bilhões previstos. Habitação, saneamento, contenção de encostas e mobilidade urbana somam R$ 15,7 bilhões. Defesa tem R$ 13,5 bilhões estimados; saúde, educação e recursos hídricos, R$ 7,4 bilhões previstos.

A conclusão da Transposição do Rio São Francisco e obras de adutoras relacionadas está computada na previsão do programa. Os dados fazem parte de estudos preliminares da Casa Civil da Presidência da República sobre o Avançar.

O licenciamento ambiental, os atrasos e a falta de recursos são os pontos que mais preocupam os técnicos do governo federal sobre a viabilidade de criar o programa. Também são necessárias desapropriações para a realização de obras, o que pode atrapalhar os cronogramas e deixar projetos para serem inaugurados pelo próximo presidente da República.

PPI para grandes projetos, Avançar para capilaridade nas cidades

Com o lançamento do Avançar, o governo pode se aproximar mais do cidadão, com obras de saneamento, rodovias, mobilidade, postos de saúde e escolas, ficando com o PPI a tarefa de cuidar das grandes licitações (como os leilões de usinas hidrelétricas com previsão de arrecadação de R$ 11 bilhões, campos de petróleo com bônus previsto em R$ 9 bilhões; Aeroportos que resultaram em R$ 3,72 bilhões para quatro concessões, entre outras grandes obras que atraem a atenção de grandes investidores internacionais).

O Avançar pode beneficiar politicamente Temer, seus ministros e aliados no Congresso. A idealização do programa o colocou ao lado do PPI (Projeto Crescer), sem competir, no portfólio de ações federais. A consolidação de um grupo de obras e ações a serem acompanhadas também ajuda o governo a gerar pauta positiva inclusive com os aliados políticos, propiciando momentos de foto e inauguração para as esferas federal, estadual e municipal, o que costuma agradar aos parlamentares em campanha.

Próximo do eleitor

Está em estudo pela Casa Civil incluir no Avançar a construção e ampliação de 2,3 mil quilômetros de rodovias; a entrega de 260 mil unidades habitacionais na faixa 1 do Minha Casa Minha Vida; além de obras de contenção de encostas para beneficiar 103 mil famílias. Na saúde, está prevista a construção de quase 4 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAS). 970 empreendimentos de saneamento básico também são computados. Na educação, a construção de mil creches e de três mil quadras e coberturas de quadras em escolas. Turismo, Cultura e Esporte também têm obras estimadas dentro do programa.

Outros investimentos em Defesa, Portos, Aeroportos, Ferrovias estão previstos. Na Energia, ficariam dentro do Avançar estudos e projetos, e não concessões, que continuam dentro do PPI, como estudos de viabilidade para aproveitamentos hidrelétricos, estudos geológicos feitos pelo CPRM, e dez projetos de pesquisa para exploração de petróleo e gás em bacias sedimentares realizados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República já está em fase de proposição da logomarca e slogans do programa Avançar. Na marca, o losango da bandeira brasileira simula um botão de “play”, para combinar com o mote do programa que é “ o Brasil saiu do pause e entrou em play”.

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