• Carregando...
 | Mauro Pimentel/AFP
| Foto: Mauro Pimentel/AFP

No dia em que a tragédia de Brumadinho completou uma semana, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais atualizaram para 115 o número de pessoas mortas no rompimento da barragem 1 da Vale, na mina Córrego do Feijão. Destas, 71 já foram identificadas pela Polícia Civil. Outras 248 vítimas seguem desaparecidas.

Nesta sexta-feira (1º), vídeos obtidos pela TV Globo e Band News mostram o momento exato que a barreira de rejeitos entrou em colapso e despejou 12,6 milhões de metros cúbicos de lama sobre a área administrativa da companhia, casas, fazendas e o rio Paraopeba. As imagens mostram a violência com que a lama tomou conta de tudo, comparável a um tsunami.

LEIA TAMBÉM: Sirene de alerta não tocou porque foi engolida pela lama, diz presidente da Vale

Homenagem com pétalas de rosa

Pétalas de rosa doadas por moradores de Belo Horizonte foram jogadas de helicópteros do Corpo de Bombeiros nesta sexta nos locais devastados pela lama. A homenagem ocorreu no mesmo horário em que a barragem da Vale rompeu há uma semana.

A partir das 12h30 – na sexta-feira passada, a barragem se rompeu às 12:28 – dez helicópteros empregados pelas equipes de busca e salvamento foram alinhados no céu para uma homenagem aos moradores. O local escolhido foi próximo do Córrego do Feijão. No chão, foi improvisado um tablado de madeira, hasteadas bandeiras do Brasil e de Minas Gerais e entoados cânticos e orações religiosas. Algumas famílias de mortos e desaparecidos acompanharam emocionadas a homenagem. Uma mulher passou mal e teve que ser amparada por voluntários socorristas.

LEIA TAMBÉM: Por que o senador Renan Calheiros tem tanto poder e influência?

Buscas continuam sem prazo para acabar

Em entrevista à imprensa logo depois, o coronel Erlon Botelho, chefe do Estado Maior do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, negou que já tenha sido descartada a chance de localizar alguém com vida. “O Corpo de Bombeiros em hipótese nenhuma descarta possibilidade [de achar sobreviventes], até mesmo pelos protocolos internacionais, a gente sempre vai atrás de vidas”, disse o coronel. Ele afirmou que não há uma previsão para o encerramento das buscas.

“A gente tem que fazer um planejamento ainda de vários dias. A perspectiva é que ao longo do tempo, com a lama se estabilizando, a gente vai mudando as técnicas operacionais e a partir daí nós temos um panorama. Hoje é impossível cravar uma data final das operações”, disse o coronel dos Bombeiros.

Falando aos jornalistas pela chefia da Polícia Civil, o delegado Arlen Bahia da Silva disse que cinco sobreviventes do rompimento já foram ouvidos no inquérito que apura o rompimento. O delegado, porém, afirmou que o conteúdo não pode ser revelado “para não atrapalhar as investigações”. Indagado se a população atingida na região não merecia ter acesso aos detalhes da investigação, o delegado disse que “a transparência está sendo dada”.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]