Uma exposição em celebração ao Dia da Mulher, com citações e fotos de várias passagens referentes às mulheres ao longo dos anos, como a conquista do voto feminino, deixou de fora a eleição de Dilma Rousseff à Presidência da República. Essa retrospectiva das conquistas das mulheres está num dos corredores da Câmara dos Deputados e foi promovida justo pela Secretaria da Mulher da Casa.
Em resposta a esse “esquecimento” das responsáveis pela exposição deputadas de partidos de esquerda fizeram um ato de protesto no local e incluíram um cartaz com a foto da petista, com a inscrição: “Dilma Rousseff: é eleita a primeira mulher presidenta do Brasil”, e abaixo o registro dos mais de 55 milhões de votos que recebeu.
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O texto da exposição, batizada de “Violência e Superação”, diz que ali, naqueles registros, serão vistas “as ações históricas de empoderamento feminino”. Mas a linha do tempo da exposição salta do ano de 2009 para 2013, e não faz referência à ex-presidente, que deixou o cargo após ser reeleita, alvo de um impeachment.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) fez um discurso e criticou a ausência de Dilma na exposição.
“Não está faltando nessa galeria uma mulher qualquer. Ela não caiu de paraquedas na história da política brasileira. Dilma tem uma história de luta. Foi presa, torturada. No seu governo foi criada a Comissão Nacional da Verdade, que apurou desaparecimentos e mortes. É um absurdo imaginar que, no Parlamento brasileiro, onde se conta a história da participação da mulher na política, Dilma esteja ausente”, disse Jandira Feghali.
A deputada Soraya Santos (PMDB-RJ) é a responsável pela Secretaria da Mulher. Procurada, sua assessoria informou que ela está em viagem oficial no exterior.
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