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| Foto: Débora Álvares/Gazeta do Povo

O pré-candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) defendeu que a sucessão de programas econômicos “fracassados” colocou o Brasil na maior crise econômica de sua história. Em entrevista ao jornalista Evandro Éboli, correspondente da Gazeta do Povo em Brasília, nesta quarta-feira (13), o deputado federal culpou nomes que passaram por governos anteriores, como o de Pérsio Arida, que foi secretário de Coordenação Econômica do ex-presidente José Sarney e um dos criadores do Plano Real, e de Zélia Cardoso de Mello, ministra da Economia do governo Fernando Collor.

“Você reconhece que o Brasil tem problemas [econômicos]. E quem colocou o Brasil nesses problemas foram os economistas. O Pérsio Arida lá atrás, a Zélia e tantos outros que fizeram planos fracassados”, apontou. “É congelamento de preço, é tablita [a tabela de preços congelados], o próprio Plano Real teve problema no meio do caminho que pouca gente fala. Qual foi o grande problema? Aquela facilidade para conter a inflação aumentou a taxa de juros. A dívida agora está chegando próxima a R$ 4 trilhões e é quase impagável”.

ASSISTA: Veja na íntegra a entrevista de Jair Bolsonaro à Gazeta do Povo

Bolsonaro citou também os anos de presidência de Lula e de Dilma Rousseff como responsáveis pela crise enfrentada pelo país, e que o problema não será resolvido por ele, mas por uma equipe de economistas com isenção política, caso seja eleito.

“Não entender de economia – Dilma entendia e olha a situação a que chegou o Brasil – o Lula nunca foi cobrado por não entender de economia. Acho que ele entende muito menos do que eu, que sei o que é uma derivada e integral, e ele não sabe nem quanto é dois mais dois”.

O pré-candidato questionou também o posicionamento do governo de Michel Temer, sobretudo diante da greve dos caminhoneiros. Para ele, faltou ao presidente observar um problema que já deveria ter sido detectado há algum tempo.

Militares

Questionado sobre como se daria a participação de militares em um eventual governo, Bolsonaro afirmou que imagina trabalhar com pelo menos um terço do corpo ministerial composto por integrantes das forças armadas, e o restante com nomes da sociedade civil. E reiterou o nome do astronauta Marcos Pontes, engenheiro, oficial da Aeronáutica e primeiro brasileiro a integrar uma missão especial ao espaço, em 2006, como eventual Ministro da Ciência e Tecnologia, caso seja eleito.

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Para ele, a participação de militares reduziria o risco de envolvimento em casos de corrupção, o que não significa, segundo o próprio pré-candidato, risco zero.

“Qual o maior problema que enfrentamos no Brasil? É a corrupção. Com todo o respeito, entre um empreiteiro conversar com um general ministro dos Transportes e com um civil, a possibilidade de não ter corrupção é com o general. É o meu ciclo de amizades”, informa.

“Não vou dizer que serão todos, talvez um terço de militares e dois terços de civis. E por qualificação, completou, a informou que não deve levar em consideração a questão de gênero para a composição dos ministérios. “Tem que ser mulher, tem que ser gay, tem que ser afrodescendente, não é isso. Temos que colocar as melhores pessoas para atender aos anseios da população”, destacou.

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