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Policiais federais e seguranças do PSL fazem a segurança do candidato a presidente Jair Bolsonaro, que foi alvo de um ataque a faca em setembro. | Fernando Frazão/Agência Brasil
Policiais federais e seguranças do PSL fazem a segurança do candidato a presidente Jair Bolsonaro, que foi alvo de um ataque a faca em setembro.| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Após ter sido esfaqueado em ato de campanha no início de setembro, o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) comparou-se ao juiz Sergio Moro e disse que ambos perderam a liberdade de andar sem segurança. “Sergio Moro tem menos liberdade que um cara que está com tornozeleira aí”, disse, afirmando que o juiz da 13ª vara federal de Curitiba, relator da Lava Jato, não pode passear livremente com sua família por ser ameaçado de morte. “Não tem mais liberdade, praticamente situação como a minha”, afirmou.

A declaração de Bolsonaro foi feita em transmissão ao vivo pelas redes sociais neste domingo (14). Ele passou o dia em casa, na Barra da Tijuca, e não fez atividades externas. No vídeo, o capitão reformado elogiou a atuação de juízes da Lava Jato como Moro e Marcelo Bretas, da 7ª vara federal do Rio de Janeiro. Ele mandou um abraço a ambos no fim da mensagem.

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O candidato fez a transmissão ao lado de sua mulher, Michelle Bolsonaro, e de duas professoras de Libras (Linguagem Brasileira de Sinais), que foram identificadas apenas como Adriana, da UFRJ, e Priscila, da PUC-SP.

Sem debate com Lula

Bolsonaro afirmou que o mais certo seria que os debates de segundo turno fossem entre ele e o ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva (PT), no lugar do candidato do PT, Fernando Haddad. Mesmo assim, disse que “não iria debater com Lula de jeito nenhum”.

“Querem que eu compareça a um debate de qualquer maneira, mas eu dependo de uma avaliação médica. Agora, eu vou debater com ele, Haddad? Por que não tiram o Lula da cadeia para debater comigo? Se bem que eu não iria debater com Lula de jeito nenhum. Mas o mais certo é o Lula, porque quem vai formar ministério é o Lula”, disse ele na transmissão em vídeo.

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O capitão reformado voltou a defender a propriedade privada e a posse de armas como forma de defesa. Ele atacou o PT e Guilherme Boulos, candidato derrotado do Psol, por defenderem ocupações. Disse ainda que, se eleito, vai tentar aprovar no Congresso um projeto de lei que tipifique as ações de movimentos sociais como o MST e MTST como atos de terrorismo.

Bolsonaro criticou a imprensa ao afirmar que ela é responsável por tratá-lo como ameaça à democracia e voltou a repetir que é vítima de notícias falsas. Ele rebateu as acusações dizendo que seu adversário é quem ameaça a democracia e, como evidência, citou os trabalhos do ex-prefeito no mestrado e no doutorado. Segundo ele, o fato de Haddad se interessar por temas como marxismo e União Soviética são provas de que ele não é democrático.

Apesar de criticar veículos de comunicação, Bolsonaro disse que até a Globo News já admitiu que é muito difícil ele perder as eleições no próximo dia 28. “Só tem uma maneira... [de perder]”, afirmou, sem completar a frase, no contexto de que ele vem sofrendo ameaças.

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Vítima de fake news

Bolsonaro culpou o PT ainda por espalhar notícias de que ele votou contra o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Ele negou, e afirmou que foi contrário apenas ao ponto em que o projeto se referia à causa LGBT. Segundo ele, isso é uma “deformação” em um projeto que trata de pessoas “com problema de deficiência”. “Existe um ativismo muito forte da questão LGBT. Não tenho nada contra, mas o Estado não tem nada com isso.”, afirmou.

Ele disse ainda que partidos como PT e PSOL “fazem emendinha qualquer” sobre o tema em vários projetos. “Não podemos criar classes especiais só porque o elemento diz que é gay.”

Ao fim do vídeo, Priscila e Michele falam em linguagem de sinais para dizer que apoiam Bolsonaro e que ele não é contra deficientes. Michelle é professora de Libras.

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