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| Foto: Marcos Oliveira/ Agência Senado

A procura do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) por um vice-presidente pode terminar no próximo domingo (22), na convenção nacional do partido que vai oficializar a sua candidatura ao Planalto, no Rio de Janeiro. A mais cotada é a advogada Janaina Paschoal, professora de Direito da USP e protagonista do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, conforme a Gazeta do Povo noticiou há dez dias.

Segundo reportagem do jornal O Globo, os dois se falaram por telefone na quinta-feira (19) e Janaina deve vir ao Rio de Janeiro neste sábado (21) para conversar pessoalmente com o pré-candidato. Será a primeira vez que eles vão se encontrar para negociar a composição de uma chapa. “Estamos ‘namorando’ por telefone. Ela deu sinal verde. Pode acontecer de anunciar lá (na convenção a chapa) . Vai ser a dupla Já-Já”, brincou o presidenciável nesta sexta-feira (20).

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Após ouvir dois “nãos” na busca por um vice, Bolsonaro afirmou ao jornal o Estado de S. Paulo que a advogada – conhecida por ser uma das autoras do parecer que embasou o pedido de impeachment – voltou a ser uma possibilidade de nome para compor a chapa ao lado dele. “Ela volta ao radar, pois está no nosso partido e tem muito a contribuir”, afirmou. “Precisamos avaliar as afinidades dela com nossas propostas, como a questão da redução da maioridade e do porte de armas”, completou. É sobre isso que devem conversar neste sábado.

Em conversa com o deputado Major Olympio (PSL-SP), Janaina chegou a acertar uma candidatura à Assembleia Legislativa de São Paulo. “Avaliamos que ela pode contribuir numa campanha à Presidência”, disse Bolsonaro. “Não podemos errar, temos que construir uma candidatura diferente das que estão aí.”

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Até quinta-feira, o presidenciável insistia em anunciar um general para ser seu vice. Em evento na cidade de Rio Verde, em Goiás, disse que, “com certeza”, seu vice seria alguém da reserva do Exército. Depois da fracassada negociação com o PRP para ter o general Augusto Heleno, que era sua primeira opção, o pré-candidato avaliou o nome do general Hamilton Mourão.

Mas a presidência do PRTB, partido ao qual Mourão está filiado, seria um entrave à composição. Ao O estadão de S. Paulo, o líder do PRTB, Levy Fidelix, disse que busca uma aliança de pequenos partidos para garantir a presença de Mourão numa chapa presidencial. “Vamos conversar com o general para avaliar a viabilidade”, afirmou.

Fidelix disse que ainda não foi procurado diretamente por Bolsonaro e não pode falar por “hipótese” de uma aliança com o ex-capitão do Exército. Ele rejeita conversas com intermediários. “Aqui a gente faz uma política macro. É preciso chegar e dizer: ‘Fidélis, meu amigo, pá-pá-pá.”

Antes de Heleno e Mourão, Bolsonaro havia convidado o senador Magno Malta (PR-ES) para o posto de vice. Malta, no entanto, preferiu disputar a reeleição ao Senado.

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