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| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A força-tarefa da Operação Lava Jato apresentou na manhã desta terça-feira (2) mais uma denúncia contra o ex-ministro José Dirceu. O petista teria recebido R$ 2,4 milhões entre 2011 e 2014, pagos pelas empreiteiras Engevix e UTC. Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão de Dirceu; João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT; Gerson de Melo Almada, ex-executivo da Engevix; e Walmir Pinheiro Santana, ex-executivo da UTC, são outros alvos.

De acordo com a denúncia, apresentada em coletiva na Procuradoria da República no Paraná, foram cometidos 33 crimes de lavagem de dinheiro para que José Dirceu por fraudes nos contratos da Petrobras. Para os procuradores da força-tarefa, o dinheiro foi usado, em grande parte, para pagar assessoria de imprensa e imagem do ex-ministro durante o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, entre agosto de 2012 e março de 2014.

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Segundo a acusação, José Dirceu teria contratado a empresa Entrelinhas Comunicação em 2009 para os serviços de assessoria de imprensa. Em 2011, não teria conseguido arcar com os custos do serviço, então a empreiteira Engevix assumiu esses pagamentos, quitando a dívida e mantendo o contrato até 2013.

Os serviços eram realizados para amenizar desgastes à imagem do ex-ministro durante o julgamento do mensalão. Ao todo, foram R$ 900 mil pagos para a empresa entre abril de 2011 e julho de 2012 para custear relatórios sobre a imagem de Dirceu, entrevistas, artigos e organização do livro “Tempos de Planície “, assinado pelo acusado.

Recursos da UTC

Outros atos de lavagem de dinheiro apresentados pela denúncia são os repasses feitos pela empreiteira UTC, por meio de dois contratos falsos com a empresa do ex-ministro, a JD Assessoria. O primeiro com o valor de R$ 906 mil, pagos para um suposto serviço prestado pela JD entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014. Já o segundo pagamento, no valor de total de R$ 630 mil, foi realizado na sequência, entre fevereiro de 2014 e outubro do mesmo ano, período em que Dirceu já estava preso, e portanto não poderia prestar nenhum tipo de assessoria.

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