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| Foto: Romério Cunha/VPR

Em sua obsessão pelo vice-presidente Hamilton Mourão, o filósofo Olavo de Carvalho aproveitou a presença da imprensa num jantar em sua homenagem, no sábado (16), em Washington, para atacar pela enésima vez o general. “O presidente viaja e qual a primeira coisa que ele faz? Viaja a São Paulo para um encontro político com Doria. Esse cara não tem ideia do que é vice-Presidência. Durante a viagem, ele tem que ficar em Brasília”, afirmou Olavo.

No domingo (17), agora no Twitter, Olavo foi irônico. “Foi por ordem do presidente que o Mourão foi a São Paulo? Não”, escreveu. O general assumiu a presidência interina durante a viagem oficial de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, que termina nesta terça-feira (19).

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Mas, afinal, o que Mourão foi fazer em São Paulo que tanto irritou o guru do bolsonarismo?

O presidente da República em exercício almoçou com o governador João Doria (PSDB) no Palácio dos Bandeirantes, em encontro definido por Mourão como de convergência de ideias. “Nós contamos com o estado de São Paulo e de sua bancada para aprovarmos a reforma da Previdência, se Deus quiser e tudo correr bem, até o final desse semestre e início do próximo semestre”, declarou.

Além da Previdência, o governador disse que os dois também conversaram sobre investimentos do governo federal no estado de São Paulo, programas de desestatização no estado e cooperação na área social e econômica.

Doria disse ao general que a reforma da Previdência terá apoio incondicional com a bancada do estado no Congresso Nacional. “Reafirmamos o nosso apoio incondicional a reforma da previdência no âmbito do Congresso Nacional com a bancada de São Paulo da Câmara e do Senado e em tudo que pudermos influenciar positivamente para uma votação favorável”, disse.

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Doria destacou ainda que a reforma é fundamental para gerar empregos, resolver a situação fiscal do país e atrair investimentos. Mourão classificou a reforma como ponto de partida para a reformulação pretendida pelo governo e um compromisso com futuras gerações. 

“É nossa responsabilidade levar isso a frente, buscar a convergência das ideias e a partir dela iniciar um circulo virtuoso de atração de investimentos e das outras reformas que serão necessárias para atingirmos o equilíbrio fiscal e entrarmos, exatamente num desenvolvimento sustentável”, afirmou.

Segundo Doria, o encontro com Mourão estava marcado há duas semanas, mas não foi realizado por conta das fortes chuvas que impediram a chegada do vice.

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Depois do almoço, o presidente interino foi a um encontro com investidores da Suécia, promovido pela embaixada daquele país, em um hotel na zona oeste de São Paulo.

À noite, Mourão participou de um jantar com a comunidade israelita no apartamento de Fernando Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), no bairro de Higienópolis, em São Paulo.

Foram convidadas cerca de 50 pessoas para o jantar. O evento é fechado à imprensa. Na frente do prédio, o movimento é tranquilo. Há apenas jornalistas e o movimento de seguranças da vice-presidência. Depois do jantar, Mourão segue para Brasília.

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