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Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado contra Bolsonaro: primeiro inquérito concluiu que ele agiu sozinho; nova investigação busca encontrar eventuais mandantes do crime. | Tomaz Silva/Agência Brasil
Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado contra Bolsonaro: primeiro inquérito concluiu que ele agiu sozinho; nova investigação busca encontrar eventuais mandantes do crime.| Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (21) em endereços de um dos advogados de Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado contra Jair Bolsonaro em 6 de setembro. A informação foi publicada inicialmente pelo site “O Antagonista”.

As buscas desta sexta fazem parte do segundo inquérito a respeito da agressão, que busca identificar eventuais mandantes do crime – o primeiro inquérito concluiu que Adélio agiu sozinho.

Em entrevista à “Folha de S.Paulo”, o delegado Rodrigo Morais, responsável pelo caso, afirmou que o objetivo da operação é apreender e periciar documentos, celulares e computadores para descobrir quem paga a defesa de Adélio.

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A hipótese da PF, segundo Morais, é de que o advogado Zanone Manuel de Oliveira Junior, alvo da operação, pode estar sendo financiado por organização criminosa ligada ao tráfico de drogas ou então por algum grupo político.

A Gazeta do Povo tentou contato com Zanone Junior, mas ele não atendeu às ligações. Em entrevistas anteriores, ele evitou relevar quem pagava seus trabalhos nesse caso.

A ação da Polícia Federal ocorre dias depois de Bolsonaro usar seu perfil no Twitter para compartilhar uma imagem que questionava quem mandou matá-lo. Na mensagem, o presidente eleito escreveu: “Já que a maior parte da imprensa ignora...”.

Primeiro inquérito concluiu que Adélio agiu sozinho

O primeiro inquérito sobre o atentado, encerrado no fim de setembro, concluiu que Adélio agiu sozinho por “inconformismo político”. Era o que o próprio agressor alegava.

“Ficou claro que o motivo realmente era o inconformismo politico do senhor Adélio em razão de discordar de algumas opiniões políticas. de alguns discursos políticos que o candidato [Bolsonaro] de então defendia”, disse na ocasião o delegado Rodrigo Morais.

O mesmo delegado conduz o segundo inquérito. Nesta semana, ao comentar cobranças em redes sociais – vindas inclusive dos filhos do presidente eleito – sobre “quem mandou matar Jair Bolsonaro”, Morais afirmou que sua investigação é técnica.

Segundo o delegado, a investigação é exaustiva. “Os advogados do presidente estão acompanhando a investigação passo a passo e estão cientes de todo o esforço investigativo que está sendo feito, aos quais agradeço”, afirma Fernandes.

Financiador da defesa de Adélio teria sumido

No fim de outubro, o advogado Zanone Manuel de Oliveira Junior, principal porta-voz da defesa de Adélio desde o atentado, disse que o financiador dos trabalhos da defesa era uma pessoa que conheceu Adélio em uma igreja evangélica. E que o financiador teria deixado de manter contato.

Na época, em entrevista à Gazeta do Povo, Zanone Junior conta que recebeu parte do pagamento em dinheiro, no próprio escritório do advogado, através de um emissário enviado pelo fiador da defesa de Adélio.

“Fez o pagamento, ficou devendo a outra parte e não voltou mais”, disse.“Se for pensar, essa pessoa está certinho (sic). Imagina se alguém descobre quem é. Corre mais risco que o Adélio [que está em prisão federal].”

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