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| Foto: Miguel Schincariol/AFP

A Câmara de Combate à Corrupção da Procuradoria-Geral da República mandou desarquivar investigação sobre suposto acerto envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Antonio Palocci para a Portugal Telecom repassar propinas de US$ 7 milhões para o PT. O dinheiro teria como destino a quitação de dívidas eleitorais.

As investigações haviam sido abertas em 2013 e arquivadas dois anos depois pelo Ministério Público Federal (MPF) a pedido da Polícia Federal. O inquérito tinha como base depoimento do operador do mensalão, o publicitário Marcos Valério.

Em revisão dos autos, a Câmara de Combate à Corrupção decidiu que as investigações devem ser retomadas pela Procuradoria da República no Distrito Federal.

Segundo Marcos Valério afirmou no depoimento, Lula e Palocci reuniram-se com Miguel Horta, então presidente da Portugal Telecom, no Palácio do Planalto, e combinaram que uma fornecedora da operadora em Macau, na China, transferiria US$ 7 milhões para o PT.

O dinheiro, conforme Valério, entrou pelas contas de publicitários que prestaram serviços para campanhas petistas. Na época, Palocci era ministro da Fazenda de Lula. O ex-ministro negou as acusações.

As negociações com a Portugal Telecom estariam por trás da viagem feita em 2005 a Portugal por Valério, seu ex-advogado Rogério Tolentino, e o ex-secretário do PTB Emerson Palmieri.

De acordo com o presidente do PTB, Roberto Jefferson, que denunciou o esquema do mensalão, José Dirceu havia incumbido Valério de ir a Portugal para negociar a doação de recursos da Portugal Telecom para o PT e o PTB.

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