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Derrotado na disputa pela prefeitura de Macapá e pelo governo do Amapá, Davi Alcolumbre saiu do “baixo clero” para a presidência do Senado. | Pedro França/Agência Senado
Derrotado na disputa pela prefeitura de Macapá e pelo governo do Amapá, Davi Alcolumbre saiu do “baixo clero” para a presidência do Senado.| Foto: Pedro França/Agência Senado

A vitória de Davi Alcolumbre (DEM-AP), 41 anos, na tumultuada eleição para a presidência do Senado neste sábado (2), é também uma vitória do presidente Jair Bolsonaro. A candidatura de Alcolumbre foi defendida por Onyx Lorenzoni, o articulador político de Bolsonaro.

O novo presidente do Senado integrou desde 2003 o pelotão de congressistas do chamado “baixo clero”, aqueles que têm pouquíssima projeção nacional.

Alcolumbre começou na política como vereador em Macapá, pelo PDT, de 2001 a 2002. Depois migrou para o DEM. No período de 2003 a 2014 exerceu o mandato de deputado federal e, deste então, assumiu como senador. Durante os quatro anos em que esteve no Senado praticamente não teve nenhuma atuação relevante.

Em 2012, foi derrotado na disputa pela prefeitura de Macapá e, no ano passado, perdeu a disputa pelo governo do Amapá. Como maior trunfo político até então, Alcolumbre contava a vitória na disputa pelo Senado contra o candidato do ex-presidente José Sarney (MDB) em 2014 (Gilvam Borges, do MDB).

Em 2015, foi eleito presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal. Em 2017, votou contra a cassação de Aécio Neves no conselho de ética do Senado e, depois, votou a favor da manutenção do mandato de Aécio, derrubando decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no processo onde Aécio é acusado de corrupção e obstrução da justiça por solicitar dois milhões de reais ao empresário Joesley Batista.

Sua liderança no Senado surgiu nos últimos meses, logo após a eleição de Jair Bolsonaro. Ele foi escolhido por Onyx Lorenzoni como nome para tentar barrar a volta de Renan Calheiros (MDB-AL) à presidência do Senado. A estratégia de Onyx, que parecia destinada ao fracasso, acabou dando certo.

O senador diz ser empresário, do ramo do comércio, e não tem curso superior – ele não terminou o curso de ciências econômicas. Na internet há referências de que Davi é Judeu ortodoxo, mas em sua biografia na página do Senado não consta essa informação.

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