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Extrovertido e folclórico, Fábio Ramalho é conhecido pelos almoços e jantares que serve aos colegas de Câmara em seu apartamento funcional : ele quer ser presidente da Casa. | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Extrovertido e folclórico, Fábio Ramalho é conhecido pelos almoços e jantares que serve aos colegas de Câmara em seu apartamento funcional : ele quer ser presidente da Casa.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Fábio Ramalho (MDB-MG), defendeu nesta quarta-feira (12), em discurso no plenário, o reajuste do contracheque dos 594 congressistas – dos atuais R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil, mesmo valor aprovado recentemente para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ramalho é o segundo integrante da Mesa da Câmara a defender a medida. Na semana passada, o primeiro-secretário, Fernando Giacobo (PR-PR), disse que a Casa iria estudar a viabilidade jurídica da medida, também se colocando a favor dela.

“Já que tem lei pra todo mundo, vamos fazer pros deputados também”, disse Ramalho, que é candidato à presidência da Câmara nas eleições de 1º de fevereiro.

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A Mesa é o órgão máximo administrativo da Casa, formado por Ramalho, Giacobo, o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), além de outros quatro deputados.

Maia, que presidia a sessão durante a fala de Ramalho, não se manifestou. Na semana passada, afirmou apenas que era mentira a possibilidade de estudo jurídico citada por Giacobo.

Desde que o Congresso aprovou o reajuste de 16,38% no salário dos ministros do STF, que é o teto do funcionalismo público, há pressão no Legislativo para que a medida seja estendida aos contracheques dos parlamentares. O salário dos ministros do STF subiu de R$ 33,7 mil – a atual remuneração dos congressistas – para R$ 39,3 mil.

Diferentemente do Judiciário, no caso do Legislativo não há efeito cascata imediato nos escalões inferiores, mas tradicionalmente deputados estaduais e vereadores, que têm o subsídio limitado a um percentual dos congressistas, aprovam reajuste em cadeia após a decisão de Brasília.

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Para que o salário dos congressistas seja reajustado, basta a aprovação de um decreto legislativo pela Câmara e Senado – por maioria simples –, sem necessidade de sanção do presidente da República.

Ramalho também reclamou da falta de previsão orçamentária para pagamento da última parcela de um antigo reajuste concedido a parte do funcionalismo da Câmara, que passará a ganhar pouco mais de 4% a mais a partir de janeiro.

Com isso, disse ele, será preciso reduzir o salário de outros assessores não abrangidos pelo reajuste.

Famoso pelos jantares

Desde que chegou a Brasília há 11 anos, para assumir seu primeiro mandato, o deputado Fábio Ramalho ganhou uma fama só: a de raro anfitrião entre seus colegas. Passa longe de ser um mineiro típico, aquele fechado e introspectivo.

Extrovertido e folclórico, o emedebista promove almoços e jantares aos colegas da Câmara em seu apartamento funcional. Foi assim, “esbanjando simpatia”, que ele conseguiu se tornar o primeiro vice-presidente da Câmara em 2017. Conquistou seus “eleitores” pela boca e pelo estilo bonachão. Sua especialidade é leitoa assada à pururuca, bem à moda mineira.

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