Uma pesquisa sobre "O que esperar do Brasil?" divulgada pela Quaest, no último domingo (1), revelou que 41% dos brasileiros gostariam de mudar de país por causa da polarização política entre os apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O levantamento feito até o final de junho ainda apontou "como a polarização divide famílias, compromete empresas e desafia o futuro do país".
O índice de brasileiros que sairiam do país caso tivessem condições saiu de 37%, em dezembro do ano passado, para 41% dos brasileiros. E em dezembro de 2021 o índice era de 29%.
“A polarização significa mais distância entre os eleitores de candidatos opostos em termos de seus valores, ideias e visões sobre política. A calcificação significa menos vontade de desertar do seu partido, como romper com o presidente do seu partido ou até votar no partido oposto. Há, portanto, menos chance de eventos novos e até dramáticos mudarem as escolhas das pessoas nas urnas”, afirma o levantamento divulgado pela CNN Brasil.
De acordo com a pesquisa, 54% dos brasileiros romperam relações por causa de política, e desses que romperam 75% dizem não se sentir mal por ter rompido relações.
A pesquisa também revelou que 35% dos brasileiros preferem assistir um canal de TV que apresente as opiniões com as quais concordam. E 32% reprovaria um casamento do filho com alguém que votou diferente.
Outra mudança foi em relação a troca dos filhos de uma escola, caso o local de ensino tivesse a maioria de pais que apoiou o candidato adversário ao seu nas eleições, pelo menos um em cada quatro brasileiros mudaria o filho dessa escola.
A polarização política ainda segue em outras atividades. Segundo a pesquisa, 23% afirmaram deixar de ouvir música de um artista que apoiou seu adversário, 19% deixaram de comprar produtos de marca que apoiou seu adversário e 10% mudariam de igreja se o padre/pastor apoiou adversário.
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