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8 de janeiro

70% dos que tomaram conhecimento do caso Débora acham pena de 14 anos injusta

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De acordo com a pesquisa, 58,5% dos eleitores brasileiros ficaram sabendo do caso envolvendo a condenação da cabeleireira Débora Rodrigues (Foto: Arquivo pessoal/Família Débora Rodrigues)

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De acordo com uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (28) pelo instituto Paraná Pesquisas, 70,8% dos eleitores brasileiros que tomaram conhecimento do caso da cabeleireira Débora Rodrigues acham injusta a pena de 14 anos de prisão imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A pesquisa foi realizada entre os dias 16 a 19 de abril de 2025, quando os ministros da Primeira Turma do STF, Alexandre de Moraes, relator do caso, e Flávio Dino já haviam votado a favor da condenação.

A sentença foi confirmada na sexta-feira (25) após a ministra Cármen Lúcia acompanhar integralmente o relator. O ministro Luiz Fux defendeu a pena de um ano e seis meses e Cristiano Zanin sugeriu uma pena de 11 anos.

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De acordo com a pesquisa, 58,5% dos eleitores ficaram sabendo do caso envolvendo o julgamento da cabeleireira. Dentre os que ficaram sabendo do caso, 70,8% consideraram injusta a pena de 14 anos e 25,7% disseram que a pena é justa. Ainda, segundo o levantamento, 41,5% dos entrevistados não tomaram conhecimento do caso.

Débora virou ré por escrever, com batom, a frase “perdeu, mané” na Estátua do STF durante os protestos anti-Lula de 8 de janeiro de 2023. A frase rabiscada por ela no monumento foi originalmente proferida pelo presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, a um brasileiro em Nova York, em outubro de 2023, após o magistrado ser questionado sobre a atuação política do Tribunal e a falta de transparência das urnas eletrônicas.

Metodologia

Os pesquisadores ouviram 2.020 eleitores com idade a partir dos 16 anos, em 160 municípios nos 26 Estados e Distrito Federal. O grau de confiança é de 95% e a margem estimada de erro é de 2,2 pontos percentuais para os resultados gerais.

Nas análises das questões por localidade, o grau de confiança atinge 95% para uma margem de erro de 3,4 pontos percentuais para o estrato da Região Sudeste, onde foram realizadas 853 entrevistas; 4,2 pontos percentuais para o estrato da Região Nordeste, onde foram realizadas 562 entrevistas; 5,7 pontos percentuais para o estrato da Região Norte + Centro-Oeste onde foram realizadas 303 entrevistas; e 5,8 pontos percentuais para o estrato da Região Sul, onde foram realizadas 302 entrevistas.

Pesquisa

Questionados sobre os protestos do dia 8/1 que atingiram o Congresso Nacional e o prédio do STF, 35,9% dos eleitores consideraram os protestos como “um ato irresponsável por não concordar com o resultado da eleição”; 29,5% dos entrevistados disseram tratar-se de “uma tentativa de golpe de Estado para tomar o poder”; e 27,9% disseram considerar os atos do 8/1 como “vandalismo e quebra-quebra”. 6,7% não quiseram ou não souberam opinar.

Para 38,2%, os dois anos em que os acusados ficaram presos já os fizeram “pagar pelo erro que cometeram e, portanto, devem ser soltos”. Para 31,8%, “essas pessoas devem ficar presas por mais 15 anos e, portanto, cumprir uma pena de 17 anos de prisão”. 29,1% dos eleitores acreditam que os envolvidos “não deveriam estar presos, pois no passado, em outras invasões, não prenderam ninguém”. 6,3% não quiseram ou não souberam opinar.

Questionados sobre os atos do dia 24 de maio de 2017, quando militantes de grupos radicais, como o MST, invadiram prédios de diversos ministérios portando facas, pedras e cacetetes, 53,4% dos eleitores consideraram o ato como “vandalismo e quebra-quebra”.

27,7% dos entrevistados disseram que foi “um ato irresponsável por não concordar com o impeachment da presidente Dilma Rousseff”; 8,7% disseram que foi “uma tentativa de golpe de Estado para tomar o poder” e 10,2% não souberam ou não quiseram opinar.

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