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Depoimento a Moraes

Advogado mostra áudio de Cid dizendo que Bolsonaro “desistiu de ação contundente”

Advogado mostra áudio de Cid dizendo que Bolsonaro “desistiu de ação contundente”
Bolsonaro ao lado do advogado Celso Vilardi durante o primeiro dia de depoimentos no STF. (Foto: Ton Molina/STF)

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O advogado Celso Vilardi, que representa Jair Bolsonaro (PL), reproduziu durante o interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF) um áudio em que o tenente-coronel Mauro Cid afirma que o ex-presidente “desistiu de qualquer ação mais contundente” para contestar o resultado da eleição em 2022.

Cid foi o primeiro réu do chamado “núcleo crucial” da suposta tentativa de golpe a ser interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes nesta segunda-feira (9).

“Oi, general, bom dia. Ontem, o presidente, senti que ele já praticamente acho que desistiu de qualquer coisa, de qualquer ação mais contundente”, diz Cid no início da gravação. A mensagem de áudio foi obtida pela Polícia Federal durante a investigação e faz parte dos autos do processo.

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“Ele [Jair Bolsonaro] não quer que ninguém fique pressionando. Ele conversou bastante tempo com o Valdemar [Costa Neto, presidente do PL] também. Ontem, no começo da tarde, o general [Eduardo] Pazuello esteve com ele dando sugestões, ideias de como ele poderia de alguma forma tocar o artigo 142. Ele [Bolsonaro] desconversou, não quis nem saber, não deu bola para o que o general Pazuello estava levando para ele”, afirma Cid na gravação.

O militar disse não se lembrar da gravação, mas sustenta que a mensagem foi “possivelmente” enviada ao general Freire Gomes, que comandava o Exército. “Era o general com quem eu tinha uma interlocução mais direta. Isso era o que acontecia, mostrava os altos e baixos das conversas que se tinham”, disse o ex-ajudante de ordens ao advogado de Bolsonaro.

Nesta tarde, apenas Cid e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-SP) foram interrogados. A sessão será retomada nesta terça-feira (10), às 9h, com os seguintes depoimentos:

  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto (por videoconferência), ex-ministro da Defesa e da Casa Civil.

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