
Ouça este conteúdo
O advogado Augusto de Arruda Botelho comemorou a decisão da Câmara dos Deputados desta quarta-feira (10) que manteve o mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), com suspensão por seis meses. Botelho entrou nas manchetes nos últimos dias após viajar para Lima com o relator do caso do Banco Master no Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, caso no qual é advogado.
Toffoli alegou que as conversas na viagem não incluíram o caso. Botelho defende o diretor de compliance da instituição liquidada, Luiz Antonio Bull. A viagem de jatinho particular, porém, ocorreu antes do advogado impetrar um Habeas Corpus no Supremo em favor de seu cliente. A Gazeta do Povo entrou em contato com o advogado para maiores esclarecimentos, e o espaço segue aberto.
Glauber FICA!
— Augusto de Arruda Botelho (@augustodeAB) December 11, 2025
VEJA TAMBÉM:
Deputados votaram cassação em meio a ocupação da mesa diretora
Na terça-feira (9), Glauber ocupou a mesa diretora da Câmara e se recusou a deixar o espaço. Diante disso, a Polícia Legislativa esvaziou o local e o sinal da TV Câmara foi cortado. Jornalistas relataram ferimentos em meio à confusão. O deputado de esquerda foi retirado à força pelos policiais.
O protesto ocorreu em reação à inclusão em pauta de seu processo de cassação, devido à acusação de agressão a um manifestante do Movimento Brasil Livre (MBL) na Câmara. Uma eventual cassação tornaria o parlamentar inelegível por oito anos.
Na mesma sessão, a Casa decidiu manter o mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-RJ). A parlamentar está presa na Itália e aguarda uma decisão da Justiça do país europeu acerca de sua extradição. O ministro Alexandre de Moraes é o relator do caso e precisa, agora, responder a um pedido de informações sobre as condições penitenciárias a que Zambelli estaria submetida em uma eventual extradição.
A deputada saiu do Brasil após a condenação por suposto financiamento de uma invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O ataque incluiu um mandado de prisão de Alexandre de Moraes contra si próprio. O hacker Walter Delgatti Neto também foi condenado. Ele disse que Carla o pagou para invadir os sistemas e, com isso, provar que existem vulnerabilidades.




