O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) criticou o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por uma “gastança desenfreada” do governo, que ele classifica como “pouca aptidão pela gestão pública”. O parlamentar mineiro voltou a se destacar no partido desde que a cúpula do tucanato – o presidente do partido, Eduardo Leite (RS) – o resgatou para as atividades do dia a dia da legenda.
O PSDB está em vias de decidir seu novo presidente, mas Aécio e Leite já adiantaram que não devem se candidatar ao cargo. A convenção nacional está marcada para o dia 30, mas a legenda ainda busca um nome para concorrer na chapa única que vai disputar a presidência.
“Esperamos que o PSDB dê novos e vigorosos passos rumo ao fortalecimento do seu papel de oposição ao governo Lula, à gastança desenfreada do Estado, à pouca aptidão pela gestão pública, aos injustificáveis alinhamentos ideológicos na política externa, dentre outras questões”, disse Aécio em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo publicada nesta quarta (22).
Embora não vá disputar a presidência do partido, Aécio pontua que o PSDB deve ter candidato à sucessão presidencial de 2026 e que o nome escolhido deve ser o do governador gaúcho.
Quando anunciou a “refundação” do partido, Leite ressaltou a intenção de retomar o protagonismo dos tucanos na política nacional após o fraco desempenho em 2022, mas sem deixar claro se ele será o nome para a próxima eleição presidencial.
“A liderança do governador Eduardo Leite é inconteste. É ele a nossa grande figura e a nossa grande aposta para 2026. Os resultados da sua boa gestão, que acreditamos se repetirá , será seu passaporte, para participarmos com chances nas próximas eleições”, afirmou Aécio.
Entre os nomes estudados pelo tucanato para a sucessão de Leite no comando, estão a governadora pernambucana Raquel Lyra, o atual governador mato-grossense Eduardo Riedel, e os ex-governadores Reinaldo Azambuja (MS) e Tasso Jereissati (CE).
Em meados de agosto, o PSDB divulgou uma carta se posicionando contra o governo de Lula, fazendo o que chama de “oposição consequente”, mas que vai analisar cada proposta pedida pela presidência. E afirmou, ainda, que vai apresentar “propostas em 2026 para que a população brasileira tenha alternativa, não tenha de escolher entre o pior e o menos pior”.
O PSDB saiu menor nas eleições de 2022 na comparação com pleitos passados e registrou o pior desempenho em resultados eleitorais em 34 anos de história. Não elegeu nenhum senador ou governador em primeiro turno e viu as bancadas federais e estaduais diminuírem.
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