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Meio ambiente

Bancada do agro se diz aliviada por Lula não ter escolhido Marina para presidir COP 30

Pedro Lupion
Bancada do agronegócio temia uma escolha ideológica que poderia comprometer a conferência da ONU no Brasil. (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

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O líder da bancada do agronegócio no Congresso Nacional, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), afirmou nesta terça-feira (21) que a escolha do embaixador André Corrêa do Lago para presidir a COP 30 foi acertada. De acordo com ele, havia o receio entre produtores de uma escolha “política ou ideológica”, que poderia ser agravada caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) designasse a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) para a função.

“Vejo com ótimos olhos a indicação do embaixador, que é uma pessoa extremamente preparada, competente. Um dos grandes temores era que fossem colocar um cupincha da Marina, ou a própria Marina”, disse Lupion à Folha de S. Paulo.

O deputado afirmou que lideranças do agronegócio fizeram chegar a Lula discretamente o recado de que Lago seria bem aceito pelo setor por ter um perfil técnico.

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A senadora Tereza Cristina (PP-MS), também nome forte e influente do setor, afirmou que o embaixador “não é um xiita, nem um ativista”.

“É um excelente nome para o cargo, pois conhece muito essa área, numa perspectiva ampla. Tive oportunidade de trabalhar com ele e ver sua competência quando era ministra da Agricultura e ele, embaixador do Brasil na Índia”, pontuou.

Ela ainda sinalizou que a escolha de Lago significa um “equilíbrio” frente à chegada de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, “o que não aconteceria se fosse a Marina ou alguém ligado a ela”. A senadora também pontuou que a COP não pode ser um encontro sobre desmatamento, e sim para mostrar que o Brasil é um “polo de energia limpa e de agricultura técnica, sustentável”.

Lula nomeou Lago para presidir a COP 30 no final da manhã de terça (21) com o desafio de conduzir o encontro num momento delicado em que o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou o país do Acordo de Paris e determinou a volta da produção massiva de veículos automotores e prospecção de petróleo.

“Além do governo, com a sociedade civil, o empresariado, todos os atores essenciais na primeira formação do que o Brasil quer desta COP. Vamos juntos conseguir fazer uma COP que será lembrada com entusiasmo”, disse o diplomata à agência do governo.

A COP 30 reunirá líderes mundiais, cientistas, empresários, ONGs e representantes da sociedade civil de mais de 190 países, com discussões voltadas para ações concretas contra as mudanças climáticas.

Entre os principais desafios estão alinhar compromissos entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, garantir financiamento climático e abordar os impactos socioeconômicos em populações vulneráveis.

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