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Crise no Senado

Alcolumbre não vai pautar impeachment de Moraes, diz Cid Gomes

Davi Alcolumbre
Senador diz que Alcolumbre garantiu que "não há hipótese" de se pautar votação do impeachment de Moraes. (Foto: reprodução/Youtube TV Senado)

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O senador Cid Gomes (PSB-CE) afirmou nesta quarta (6) que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não pautará a abertura de um processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Essa é uma das condicionantes para encerrar a mobilização de parlamentares aliados a Jair Bolsonaro (PL) que ocuparam a mesa diretora da casa na última terça (5), em protesto contra o mandado de prisão domiciliar do ex-presidente.

Desde então, senadores e deputados anunciaram que iriam obstruir fisicamente as sessões nas duas casas legislativas. Na Câmara, no entanto, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) chegou a um acordo para encerrar a mobilização. Já no Senado, Alcolumbre subiu o tom e marcou uma sessão remota nesta quinta (7) para realizar votações.

“O presidente disse que a questão de impeachment é uma atribuição dele. E ele, para usar as palavras dele, disse: ‘não há hipótese de que eu coloque para votar essa matéria’”, disse Cid Gomes a jornalistas após a reunião de lideranças com o presidente do Senado.

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Cid Gomes afirmou, ainda, que Alcolumbre minimizou a coleta de assinaturas feita por senadores e que isso não influenciará sua decisão. Já Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, foi além e afirmou que o presidente do Senado “não vai se curvar à chantagem” dos senadores oposicionistas.

“O presidente Davi deixou claro que o Senado não vai se curvar à chantagem. O que está acontecendo é uma chantagem com o uso da força, que não será aceito e não será admitido”, pontuou.

Um posicionamento semelhante foi citado pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) mais cedo, de que Alcolumbre não abriria o processo “mesmo que houvesse 80 assinaturas”. Ele afirmou que não assinará o pedido por não ter o número de votos necessários para ser aprovado.

“Sinceramente só entro em impeachment quando puder acontecer, como foi o caso da Dilma. O Congresso não tem 54 senadores para aprovar um impeachment”, afirmou.

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Em uma nota divulgada à noite, Alcolumbre subiu o tom contra a mobilização e afirmou que “não aceitarei intimidações nem tentativas de constrangimento à Presidência do Senado”. “O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento”, emendou.

Ele marcou uma sessão remota nesta quinta (7) para contornar a mobilização no plenário e votar a medida provisória isenta o pagamento do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos. A medida vence na próxima semana.

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