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O ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (Republicanos), foi condenado na quinta-feira (7) à perda dos direitos políticos por cinco anos em ação de improbidade administrativa. Se a decisão prevalecer, ele ficará inelegível e incapaz de disputar qualquer cargo nas eleições de 2026.
O juiz Danilo Couto Lobato Bicalho, da Terceira Vara de Feitos da Fazenda Pública Municipal da capital mineira, entendeu que Kalil e a Associação Comunitária do Bairro Mangabeiras III descumpriram determinação judicial ao instalar cancelas e barreiras que bloquearam o acesso a vias públicas de um condomínio de luxo. Cabe recurso.
A decisão se refere ao período em que Kalil comandou a prefeitura (2017-2022). O ex-prefeito e a associação também foram condenados a pagar R$ 100 mil em danos morais coletivos ao Fundo Especial do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (Funemp).
A condenação resulta de inquérito civil aberto pelo Ministério Público em 2020 para apurar o fechamento irregular de vias e a apropriação da praça Sebastião Paes de Almeida pela associação.
Kalil, que em 2022 foi candidato ao governo de Minas Gerais com apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e rompeu no ano passado com o chefe do Executivo e com a esquerda mineira ao deixar o PSD, contestou a acusação.
Ele negou a prática de improbidade, afirmando que a petição inicial era “vaga e imprecisa” e não individualizava sua conduta. Sustentou ainda que o caso não configuraria desobediência, por depender do cumprimento de sentença de ação popular ainda pendente, e pediu que a responsabilização recaísse apenas sobre a associação.
